O total de manifestações desfeitas pela corporação, segundo dados oficiais, chegou a 834 desde domingo
Apesar do apelo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desta quarta, seus apoiadores ainda bloqueiam estradas em 11 Estados (Foto: A Cidade)
Agência Estado
O País inicia esta quinta-feira, 3, com 86 pontos de interdição total ou parcial em rodovias federais, segundo o informe mais recente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado no início da manhã. Apesar do apelo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desta quarta, seus apoiadores ainda bloqueiam estradas em 11 Estados. Santa Catarina segue no topo da lista de mais ocorrências (30). O total de manifestações desfeitas pela corporação, segundo dados oficiais, chegou a 834 desde domingo. Em São Paulo, todas as vias federais e estaduais foram liberadas.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP), as vias da capital paulista não têm bloqueios. Na terça-feira, 1º, a Marginal Tietê chegou a ter um ponto de interdição.
Ainda havia bloqueios parciais no Acre, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As estradas federais catarinenses são as únicas onde ainda havia bloqueios totais, somando 30 ocorrências.
Na noite desta quarta-feira, 2, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi às redes sociais pedir que os manifestantes cessassem os bloqueios de rodovias. Ele novamente justificou a motivação das manifestações, que têm caráter antidemocrático, e sinalizou concordar com os atos. "Desobstrua as rodovias. Isso aí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder essa nossa legitimidade", afirmou, em mensagem de vídeo.
Além dos protestos nas estradas, milhares de apoiadores do presidente se reuniram em frente a quartéis e sedes militares nesta quarta-feira, 2. Nos protestos, bolsonaristas pedem "intervenção federal" para anular o resultado da eleição presidencial do último domingo, 30, quando a maioria da população deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rio de Janeiro e São Paulo tiveram os maiores protestos.