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Cidade
‘Saudades sim, tristeza não’: o adeus ao padre Silvio
Centenas de pessoas se reuniram na Paróquia Santa Luzia para a última despedida ao sacerdote que deixou um legado de amor e fé
Centenas de pessoas, dentre fieis, amigos padres e bispos participaram do adeus a padre Silvio na Paróquia Santa Luzia na quarta-feira (8) (Foto: A Cidade)
‘Saudades sim, tristeza não’. Esse foi o lema que moveu centenas de pessoas na cerimônia de despedida de uma das pessoas mais queridas de Votuporanga: o padre Silvio Roberto dos Santos. O sacerdote foi sepultado na quarta-feira (8) ao lado de sua mãe (um de seus últimos desejos) no Cemitério Municipal da cidade, mas antes centenas de pessoas passaram por seu velório na Paróquia Santa Luzia.
O dia, aliás, foi marcado por homenagens, o que evidenciou o quanto padre Silvio era querido. Dezenas de coroas de flores foram enviadas por empresas, familiares e amigos dos mais variados setores da sociedade, enquanto uma longa fila se formava pelo corredor da igreja para o último adeus.
As honrarias, no entanto, não partiram apenas dos fiéis católicos e pessoas que cresceram na fé com o auxílio do sacerdote, mas também de lideranças políticas e até de outras religiões. Tanto a Prefeitura, por meio do prefeito Jorge Seba (PSDB), quanto a Câmara Municipal, representada por seu presidente, Daniel David (MDB), além de demais vereadores, participaram de uma homenagem póstuma ao lado de familiares.
A cerimônia de despedida ao padre Silvio contou com a participação de dezenas de padres de toda a região, além do bispo da Diocese de Votuporanga, Dom Moacir, e do Bispo da Diocese de São José do Rio Preto, Dom Antônio Emídio Vilar, que foi quem conduziu a cerimônia, ao lado do atual pároco de Santa Luzia, padre Roberto Bocalete.
“Padre Silvio aqui é muito amado, muito querido. A gente entende que ele foi um ícone, porque começou do nada, não tinha nada. Ele que construiu, fundou, formou aqui a Paróquia Santa Luzia, a Capela Santos Reis, São Francisco. Foi fundador de outras duas paróquias, a Santa Joana e a Senhor Bom Jesus. O sentimento de todos os paroquianos, é um sentimento de gratidão por todo o bem que ele fez. Padre Silvio atuou na área social, religiosa, até na área artística. Era um grande homem, grande religioso e deixa um legado lindíssimo de amor a igreja, de cuidado aos paroquianos. Sempre ouvi muito os paroquianos dizerem, que o Padre Silvio olhava, cuidava, amparava e ele deixa com certeza boas memórias, boas lembranças, que todos nós guardamos com imensa gratidão a Deus”, disse padre Roberto.
Um dos pontos mais emocionantes da cerimônia, no entanto, ficou por conta das palavras simples e sinceras de Vanilda Silveira, a primeira secretária paroquial da Paróquia Santa Luzia, quando foi fundada por padre Silvio. Ela relembrou, emocionada, a trajetória do sacerdote e seu trabalho pela fé.
“Padre Silvio chegou em setembro de 1978 aqui em Votuporanga. Era uma paróquia recém-formada e com apenas um pequeno grupo de catequistas aqui trabalhando, nós vimos um padre jovem, bonito e sorridente, acolhedor. Vimos que o que tínhamos para oferecer a ele era uma Paróquia. Sem casa paroquial, sem salas de catequese, sem salas para reunião. Foi assim que Padre Silvio iniciou a Paróquia Santa Luzia, com pouca gente para trabalhar e nenhuma liderança. Com ele, a paróquia Santa Luzia teve duas filhas, a paróquia Santa Joana e a Senhor Bom Jesus. Tínhamos também na época a capela de Parisi e depois também veio a Capela dos Santos Reis e da Nossa Senhora da Paz, a de São Francisco e Santa Clara. A paróquia só foi crescendo, pessoas chegando e descobrindo coisas a fazer”, contou.
Vanilda revelou também as primeiras impressões que todos tiveram do padre e a forma que ele trabalhava com amor pelo próximo.
“Quando vimos o padre novo, um padre diferente, ficamos encantados, porque ele encantava as pessoas com o seu jeito de ser. Descobrimos logo, que o público alvo dele era o jovem e com isso ele cria a missa das onze. Esse povo que está cantando aí é daquela época, pessoal que está de cabeça branca agora. Éramos em 78 uma pequena capela de repente uma grande igreja que rezava, falava, sorria, chorava e cantava com o seu pastor. Em 34 anos, vimos ele fazer coisas grandes e pequenas vimos ele sorrir e vimos chorar. Que bom que tivemos a oportunidade de falar de amor naquele momento. Porque um dia a gente vai embora e não diz as pessoas o quanto a amamos, o quanto as pessoas nos amam. É sempre bom dizermos isso, antes da gente ir embora. Padre Silvio foi o grande amor que tivemos aqui na nossa comunidade durante tantos anos. Amigo, irmão, um sacerdote amado”, concluiu sob uma forte salva de palmas.
Após a cerimônia e as homenagens, o corpo de padre Silvio foi para o cortejo conduzido por familiares também sobre palmas e gritos de agradecimento.
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