Estimular a gestão social empreendedora e garantir o desenvolvimento sustentável às famílias é o que propõe o trabalho de incentivo que a Prefeitura de Votuporanga, por intermédio da Secretaria de Assistência Social, oferece aos integrantes das cooperativas existentes no município, entre elas, a Ponto a Ponto, criada há um ano por um grupo de costureiras.
A proposta da cooperativa surgiu como forma de incentivar o desenvolvimento profissional na área de costura industrial como alternativa para geração de emprego e renda.
Hoje a cooperativa está em processo de formalização com sete integrantes. O trabalho delas normalmente é terceirizado por empresas do ramo de confecção. No momento a produção inclui bermudas masculinas e femininas além de camisetas, bolsas, entre outros. “Empresas que terceirizam a fabricação de confecções são nossos clientes, é o resultado do trabalho de qualificação profissional realizado pela cooperativa, com o apoio dos parceiros”, explica a agente de inclusão produtiva e instrutora da cooperativa, Aparecida Aléssio.
As costureiras estão instaladas em uma sala cedida pelo Espaço Empresarial, onde possuem 13 máquinas de costuras doadas pela Prefeitura e recebem orientações de corte e costura da instrutora do projeto além de capacitação gratuita pelos cursos oferecidos pelo Senai, em parceria com o Espaço Empresarial e apoio da Prefeitura de Votuporanga.
Para o gerente do Espaço Empresarial, Paulo Sérgio Ferreira da Silva, “a qualificação é um passo fundamental na busca de novas oportunidades de trabalho”. O curso de Operador de Máquina de Costura Industrial oferecido em parceria com o Senai vem sendo disponibilizado desde 2010 já formou mais de 350 costureiras no município.
Tânia Passos Faceto e Adilson Faceto são cooperados e deficientes auditivos, ambos trabalhavam no setor de serviços gerais em uma empresa e optaram por deixar o trabalho pois queriam algo mais produtivo. Assim como os outros cooperados, fizeram cursos de capacitação no ramo de confecção e hoje trabalham na cooperativa.
Para a instrutora, que também é assistente social, “essa inclusão é uma prova de que a cooperativa pode ter bons resultados. A conquista destas mulheres, de sua autonomia pessoal, social, profissional e financeira é talvez o maior e mais valioso retorno que o projeto pode gerar até agora. Nossa cidade ainda tem muitas costureiras trabalhando no cantinho de casa. Essas mulheres muitas vezes nos procuram querendo uma chance na cooperativa, essas oportunidades vão aumentando conforme o interesse dos empreendedores em investir nessas parcerias”, acrescentou Aparecida Aléssio.
A secretária de Assistência Social, Marli Pignatari, acredita que “o futuro é promissor para as costureiras locais”. Ela confia que “a ideia dessa cadeia produtiva local possa trazer benefícios para muitas famílias votuporanguenses, cuja renda seja proveniente da costura desenvolvida tanto na cooperativa ou na própria residência das cooperadas”.
Mais informações sobre a cooperativa Ponto a Ponto pelo telefone (17) 3422-7058, Ramal 28.