Treinador cita expulsão como determinante no resultado. Para decisão, contra o Botafogo, time pode entrar com três atacantes
Fábio Ferreira
Mais uma vez o Clube Atlético Votuporanguense sucumbiu diante de sua torcida no Plínio Marin. No último domingo, pela penúltima rodada da primeira fase da Copa Paulista, a equipe Alvinegra foi derrotada por 1 a 0 para o Mirassol, e perdeu a chance de confirmar a classificação à segunda fase da competição. A decisão ficou para o próximo domingo, às 10h, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, contra o Botafogo. O CAV precisa vencer o adversário para não depender do resultado entre Mirassol e Botafogo. Para o confronto, o técnico Marcelo Henrique pensa em um time ofensivo com Adílson Bahia, Anderson Cavalo e Romário na frente.
Nesta Copa Paulista, o retrospecto dentro de casa é negativo. De 18 pontos disputados no Plínio Marin, a equipe alvinegra conquistou apenas 6. São duas derrotas (Ferroviária e Mirassol), uma vitória (Comercial) e três empates (Santacruzense, Botafogo e Batatais). A insatisfação da torcida ficou clara após o término do jogo contra o Mirassol. Houve confusão na beira do alambrado e bate-boca entre torcedores e jogadores. Um torcedor mais exaltado acabou quebrando, com tapas, a proteção de acrílico do acesso ao vestiário.
Para o treinador Marcelo Henrique, a expulsão do zagueiro Lucas Seixas, aos 46 minutos do primeiro tempo, foi determinante no resultado final. "Ficamos com um a menos muito cedo. Foi uma infantilidade muito grande do Lucas ser expulso como foi. Os companheiros cobraram muito ele no vestiário pela atitude. Se estivéssemos completo, a história do jogo poderia ser outra".
Vaiado pela alteração que promoveu no início da etapa final, em que sacou Vitor Palito e colocou Jordã, o treinador explicou sua intenção. "Estávamos com um a menos e jogando debaixo de um sol de 40° graus. O Victor Palito não é de ajudar na marcação nem com 11 em campo, é uma característica dele. O time começou a sofrer pressão e quis reforçar a marcação com mais um volante. Não me arrependo e acho que foi a coisa certa para aquele momento", explicou.
Na última rodada, o CAV encara o Botafogo e precisa da vitória para seguir à segunda fase. Ciente da missão complicada pela frente, de enfrentar a equipe vice-líder fora de casa e precisando do resultado, Marcelo Henrique aposta em um time ofensivo com uma escalação inédita na frente. "Entrar com Adílson Bahia, Anderson Cavalo e Romário é uma grande possibilidade. Não poderemos manter o esquema de três zagueiros já que o Lucas está suspenso. Esta semana vou verificar com o departamento médico se o Canhoto tem condições de retornar e de repente podemos armar o time com um 4-3-3", disse o treinador.