Fábio Ferreira
Na sessão de ontem, da Câmara Municipal de Votuporanga, o vereador Meidão (PSD) foi o único a tocar no assunto do polêmico projeto de reeleição da mesa diretora. Ele usou a tribuna para acusar que duas reuniões a portas fechadas aconteceram em torno do assunto. Demais vereadores não falaram sobre o tema.
Segundo Meidão, falta respeito das pessoas que participam desses encontros. O vereador disse não aceitar que seu nome seja citado neste tipo de reunião. "Até hoje não falei nada sobre isso nesta tribuna, estou sem sair de casa por questões de saúde, mas não vou aceitar que pessoas que não merecem meu respeito participem destas reuniões para me criticar", discursou.
De acordo com Meidão, até um churrasco teria sido articulado para unir as pessoas favoráveis à aprovação do projeto que, na visão dele, tem a intenção de manter o presidente Eliezer Casali no cargo. Meidão falou grosso para rebater as supostas críticas: "São 36 anos de atuação como vereador, 10 eleições para trabalhar por esta Casa de Lei, não caí aqui de paraquedas. Não aceito as críticas e se preciso for vou para a justiça contra o que estão falando contra minha pessoa", rebateu.
Em seu discurso, o presidente da Câmara, Eliezer Casali, não quis comentar a acusação das reuniões fechadas e disse que "não vale a pena responder". O vereador Jura, que na última sessão protagonizou uma discussão acalorada sobre o projeto, não incluiu a questão em seu discurso.