Jornal A Cidade entrevistou Valmir Antônio Dornelas, que comentou os motivos do aumento da demanda de pacientes
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A Santa Casa de Votuporanga viveu, nos últimos dias, um aumento considerável da demanda por internações. O jornal A Cidade entrevistou o provedor do hospital, Valmir Antônio Dornelas, que explicou os motivos para essa superlotação. “Nos últimos meses, registramos um aumento na demanda por internações, pois a referência, principalmente em alta complexidade, acaba atraindo cada vez mais casos graves que necessitam de tratamento especializado e internações mais longas, o que diminui a rotatividade e a desocupação de leitos. Além disso, o clima seco agrava o estado de saúde de pessoas que já possuem problemas respiratórios, necessitando também de internações”, disse.
Questionado se os casos atendidos nos dias de maior movimento eram realmente graves, Valmir destacou que de fato, eram. “Porém sempre é bom alertar a população que nas situações menos graves, o primeiro atendimento deve ser feito na unidade de saúde mais próxima e para um atendimento que não é de urgência e emergência, a população de Votuporanga pode procurar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e o Pronto Atendimento do Pozzobon, pois o Pronto Socorro da Santa Casa é de fato, para os casos graves, que representam risco de morte”, frisou.
Hospital Estruturante
Valmir Dornelas ressaltou que a classificação da Santa Casa como Hospital Estruturante atrai mais casos de alta complexidade. “O hospital se tornou referência nessa assistência para 53 municípios e não mais 17, como anteriormente. A população precisa compreender que dos quase 200 mil habitantes que antes atendíamos em alta complexidade, agora são quase 500 mil. Dessa forma, o número de atendimentos também aumentou, não apenas por causa da classificação de Estruturante, mas também pela referência da Santa Casa de Votuporanga, devido a qualidade do trabalho, que prioriza a humanização em todos os aspectos”, enfatizou.
A instituição
A Santa Casa é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que sobrevive basicamente de prestação de serviços aos governos (municipal, estadual e federal) e de campanhas de captação de recursos. O hospital é referência em Urgência e Emergência em alta complexidade para uma população de quase 500 mil habitantes, o que corresponde a 53 cidades das regiões de Votuporanga, Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul.
Instituição luta por mais vagas de internação
Ainda durante a entrevista para o jornal A Cidade, o provedor da Santa Casa de Votuporanga, Valmir Antônio Dornelas, falou sobre o novo pleito da diretoria do hospital. Atualmente, a instituição conta com 226 leitos para internação de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), convênios e particulares.
A diretoria está empenhada em um projeto que deve aumentar até 60 leitos a capacidade do hospital. No entanto, ele será feito em duas etapas, sendo a primeira com 30 leitos. “Neste momento, eu e toda a diretoria, composta pelos empresários Carlos Humberto Tonanni Marão, Euclides Facchini Filho, Rubens Calil Pereira, Waldecy Bortoloti, Edson Prates, Santo Billalba Junior, Carlos Roberto de Biazi, Helton Renato Borges, Renato Gaspar Martins, Eduardo Pardo da Costa, Marcelo José Madrid e Luiz Alberto Mansilha Bressan, estamos totalmente empenhados na finalização do projeto, para dessa forma, encaminhá-lo aos governos do Estado e Federal”, complementou.
Projeto
O projeto de ampliação de leitos também está em finalização. “Vale lembrar que ele será dividido em duas etapas. Neste primeiro momento, o pedido será de 30 leitos. Para isso, estamos finalizando o projeto correspondente a essa quantia, levantando custos e parcerias. Assim que o projeto for finalizado, ele será encaminhado aos governos para aprovação, tendo essa resposta, a liberação de verba e a concretização das parcerias, poderemos dar início às obras de ampliação.”, disse.