De janeiro a agosto, 13 pessoas perderam a vida; Secretaria aponta o que tem sido feito para reduzir as ocorrências
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Treze pessoas morreram neste ano no trânsito de Votuporanga. O site da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo indica que de janeiro a agosto foram 13 homicídios culposos (quando não há intenção de matar), sendo dois em janeiro; fevereiro, março e abril registraram uma morte a cada mês; quatro em maio; dois em junho, e um em julho e em agosto. Não há registro de ocorrência com dolo, ou seja, com intuito. Lesão corporal culposa por acidente de trânsito, no mesmo período, foram 641 ocorrências; destas são 374 com dolo.
O secretário de Trânsito, Transporte e Segurança, Alberto Casali, acredita que as mortes serão reduzidas graças ao que a pasta vem fazendo. Ele citou algumas medidas como instalação de radares, lombadas eletrônicas e semáforos, fiscalização intensa de agentes de trânsito e atuação em parceria com a Polícia Militar através da Atividade Delegada. Segundo ele, estas iniciativas ajudaram a cair ainda mais as mortes causadas no trânsito.
“Estamos tentando dar agilidade através da mobilidade urbana, sem esquecer de pedir ao nosso condutor que preste atenção aos limites de velocidade”, falou.
O capitão da PM de Votuporanga, Edson Fávero, é especialista em trânsito formado pela corporação militar. “Todos os conceitos que eu aprendi foram confirmados. Este tema é apaixonante. As mortes podem cair se cada um de nós fazer sua parte”, acrescentou.
Na noite de quarta-feira, o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança)/Centro recebeu o especialista em trânsito, Antônio Clovis Pinto Ferraz. Ele ministrou a palestra “Acidentalidade viária: um monstro a ser domado”.
Coca Ferraz, como é conhecido, diz que a estimativa é que neste ano possa reduzir de sete a oito mortes somente em Votuporanga. “Se não existir fiscalização, as pessoas se matam. Todos nós, de alguma maneira, somos um ‘assassino oculto’ quando estamos com nossos veículos nas vias. A sociedade reconhece que quando pesa no bolso sempre há redução, por isso, não podemos tirar as multas e nem as fiscalizações, pois isso ajuda a salvar vidas”, falou. Além de evitar as mortes, também haverá redução de internações em hospitais públicos, no caso a Santa Casa de Votuporanga.