Prefeitura descarta lotação e ausência de vagas, e orienta abertura de gavetas nos jazigos já existentes; parceria é feita com Cemipar
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O Cemitério Municipal “Petronilo Gonçalves da Silva” não possui mais espaço para construir jazigos e capelas. O recomendável é sepultar os entes queridos em gavetas nas unidades familiares já existentes, ou construir um jazigo no Cemitério Parque Jardim das Flores, em uma área destinada em parceria com a Prefeitura de Votuporanga.
Cada gaveta dos jazigos do Cemitério Municipal pode ser reutilizada a cada três anos. Portanto, a Prefeitura afirma que não há falta de vagas nem lotação. Alguns túmulos, por exemplo, possuem ossuário e podem receber mais um ente querido; a família que desejar pode recolher os restos mortais e armazenar no mesmo túmulo para abrir espaço para mais uma vaga.
A administração municipal afirma que a parceria com o Cemitério Parque Jardim das Flores permite o atendimento da demanda por um período aproximado de 30 anos. Hoje em dia, mais de 90% dos enterros são feitos no Cemitério Municipal junto com familiares que já estão no local. Sendo assim, a sociedade com a iniciativa privada atende, e continuará atendendo, a demanda. A média de falecimentos varia de um a três atendimentos por dia, segundo levantamento feito pela reportagem nas duas funerárias existentes.
Com relação à possibilidade de construção de um novo cemitério não há previsão. No final de 2010 uma comissão foi designada pelo prefeito Junior Marão para analisar algumas áreas para a implantação futura de um novo Cemitério Municipal. As análises contemplaram aspectos financeiros, ambientais e sociais. Entretanto, construir um novo cemitério não é algo simples, existindo a necessidade de uma sondagem de profundidade do lençol freático, verificação dos riscos de contaminação, inclinação do terreno, tipo de solo, situação do entorno e informações detalhadas do levantamento topográfico.
Naquela época a comissão concluiu pela inviabilidade de construção de um novo campo santo.
O Cemitério de Simonsen também não está lotado. Existe um projeto para construção de novos jazigos numa área da Prefeitura dentro do próprio cemitério, cuja finalidade seria atender apenas moradores de Simonsen. Atualmente, 402 corpos estão sepultados naquele cemitério.