Alguns alegam praticidade e economia de tempo, e dizem que a falta de estacionamento está em toda a região central
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Algumas vagas de estacionamento da Área Azul na região central da cidade continuam sendo ocupadas por comerciantes. Eles alegam que deixar o carro em frente ou bem próximo ao estabelecimento traz praticidade quando precisam deixar a empresa para fazer outro tipo de serviço. Também acrescentam que no centro da cidade é difícil achar vagas e não é a deles que irá fazer a diferença.
Na tarde da última quinta-feira, o jornal A Cidade percorreu as principais ruas da cidade para avaliar a situação. Daniel Augusto Silva, 32, utiliza a Área Azul todos os dias. O gasto mensal dele é de R$ 160. Ele prefere o serviço a ter que pagar pelo estacionamento particular, que segundo ele, ficaria mais caro. “Gastaria mais de R$ 200, não compensa”, falou.
Ele utiliza a vaga próxima do seu estabelecimento comercial, ou, às vezes, até em frente quando não existe outra opção. Questionado se isso não atrapalharia os negócios, uma vez que um cliente poderia utilizar sua vaga para ir até a empresa, Silva nega. “No centro não existe vaga. Não é a minha que vai fazer a diferença. E outra, a maioria para em frente do estabelecimento também”, alegou.
Outro comerciante que utiliza a Área Azul em frente à sua loja ou nas proximidades é Moacir Montouro. “Tem dias que venho de moto, em outros, de carro. A praticidade de deixar o carro em frente é que para mim fica mais fácil sair e fazer meus serviços, economizo tempo. Vagas existem em outros locais e meus clientes vem para cá do mesmo jeito”, falou.
Ismael Abdel Majid Sad Leila é contrário ao estacionamento de carros de comerciantes em frente aos estabelecimentos. Para ele, além da possível perda de clientes que deixam de ir à loja porque não encontram local para estacionar, os revendedores podem também se sentir desanimados em ir até o local. “Existe uma perda muito grande em todos os sentidos”, frisou.
Moradora de Parisi, Jucilene de Oliveira precisou ir ao centro de Votuporanga na tarde de quinta-feira. Ela deixou o carro perto da Concha Acústica para fazer seus serviços. Pagou a Área Azul e disse que teve sorte em achar vaga. “Na parte da tarde acho que tem mais espaço, porque de manhã é muito mais difícil”, avaliou.
Funcionária do comércio, Célia Santana de Carvalho conta que mudou sua rotina desde a implantação do sistema pago. “Antigamente, utilizava a vaga em frente ao estabelecimento ou nas proximidades, agora prefiro pagar um estacionamento mensal”.
Em suas contas, o gasto mensal de Área Azul era em média de R$ 176. Já no estacionamento particular, o custo é menor: R$ 100. “Antes, por conta da correria, esquecia de renovar o cartão, e no estacionamento não tem este problema”, contou Célia.