O principal problema para eles é a sobrecarga de alunos para cada educador infantil
Karolline Bianconi
Educadores infantis realizaram uma passeata na manhã de ontem pela rua Amazonas, como forma de chamar a atenção das autoridades locais e comunidade em geral. Eles reivindicam melhorias para a classe.
Mais de 130 profissionais trabalham com crianças de 0 a 5 anos, mas no evento de ontem apenas 50 estavam presentes. Uma integrante da comissão que organizava a passeata e que preferiu não se identificar, disse que muitas educadoras estão ainda em contrato probatório, ou seja, passarão por uma avaliação nos primeiros três anos para saber se serão efetivadas. “Acaba gerando receio”, destacou.
O advogado do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, José Alberto dos Santos, contou que educadores infantis concordam com o informe publicitário da Prefeitura divulgado na edição de ontem do jornal A Cidade, mas exigem melhores condições na rotina diária de lidar com as crianças. “O principal problema é a sobrecarga de alunos para cada educador infantil. A solução é contratar mais profissionais e reduzir a carga horária de trabalho. Eles não querem apenas que prédios sejam construídos, mas sim, que haja humanização”, falou.
Uma educadora infantil, procurada pela reportagem, falou que cada profissional trabalha com 20 a 25 crianças, mas atualmente existem as que estão com grande quantidade. “Tem colega que está com 27. Quando uma educadora pega uma licença, há acúmulo de até 50 crianças para cuidar. As câmeras instaladas nas próprias escolas são nossas testemunhas”, contou. Outro lado exposto é que algumas educadoras infantis, com a situação atual vivida, estão dependentes de calmantes e demais remédios. “Tudo resultado do stress diário”, falou.