São mil reais a cada três minutos que saem dos bolsos dos cidadãos votuporanguenses, que deveriam ser revertidos em melhorias
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
O impostômetro da Associação Comercial de Votuporanga registrou que em 12 de agosto a população votuporanguense já tinha pagado R$134 milhões em impostos, na manhã de ontem, a marca passava dos R$166 milhões, cerca de mil reais a cada três minutos. Dinheiro que sai do bolso do trabalhador e que deveria ser revertido para melhorias em todas a cidades, investimentos que as lideranças não têm percebido. Agora, com a mudança de governo, a esperança é de reforma da carga tributária.
Rolandinho Nogueira, empresário votuporanguense e vice-presidente da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), ressaltou que a carga tributária é altíssima no Brasil. “O pior é pagar muito e não ter os benefícios revertidos para a população em serviços. Nos Estados Unidos, a população paga um valor menor e tem educação, infraestrutura e outros benefícios”, disse.
De acordo com Rolandinho, é importante lembrar que não é a Prefeitura que arrecada este valor. “A administração municipal também é refém desta situação. A menor parte vem para o município. O valor é dividido entre União, Estados e municípios. Fica para a população uma carga alta de tributos e um retorno insatisfatório. Por isso, os prefeitos estão com dificuldades para administrar, somado a isso, tem a burocracia do nosso país”, ressaltou.
A Facesp é um dos órgãos que luta pela reforma tributária, com o início de um novo governo em 2015, a entidade vai reforçar a busca por esta causa. “Estamos vivendo momentos difíceis, mas a expectativa é que o país melhore”, destacou Rolandinho.
Márcio Henrique Ramalho Matta, presidente da ACV (Associação Comercial de Votuporanga), também reclama da situação. “Estamos em uma luta junto com as associações comerciais de São Paulo solicitando de nossos políticos a reforma tributária para o país voltar a crescer. O empresário paga muitos impostos e isso vem minando suas forças, por isso tem muita gente na informalidade. Lutamos para que as lideranças se atentem a essa necessidade de mudança, beneficiando todos os setores”, disse.
O presidente da ACV garante ainda que, com menos impostos, seria possível investir mais, empregar outras pessoas e girar mais dinheiro.
Com os R$166 milhões em impostos pagos até o momento, seria possível construir 4.757 casas populares de 42m²; ou mais de 12.064 salas de aula equipadas; ou comprar mais de 6.166 carros populares; ou pagar mais de 245.554 salários mínimos; ou adquirir mais de 151.350 geladeiras simples; ou construir mais de 578 postos de saúde equipados; ou pagar 11 meses a conta de luz de todos os brasileiros; ou construir mais de 145 quilômetros asfaltados de estrada; entre outros.