O proprietário de posto de combustíveis, Nelson Gorayeb, é favorável ao projeto.
Daniel Vilar concordou com a iniciativa
Karolline Bianconi
O jornal A Cidade entrevistou ontem três proprietários de postos de combustíveis de Votuporanga para saber deles qual a opinião sobre o projeto de lei aprovado na última sessão da Câmara. Ficou estipulado que próximo das bombas de abastecimento não poderão ser lavados os carros, a chamada cortesia. Dos entrevistados, apenas um mostrou-se contra, alegando que a medida não será cumprida na cidade; os demais, aprovaram a iniciativa.
O proprietário de posto de combustíveis, Nelson Gorayeb, é favorável ao projeto. Ele contou que pratica o uso consciente da águia há mais de 10 anos. “A lavagem de carro é feita no respectivo setor destinado a este serviço, adequado pela Cetesb. Não lavamos na pista de abastecimento”, falou.
Ele diz que a medida não prejudicará o serviço oferecido pelo estabelecimento. “As pessoas sabem que devem economizar e creio que meu cliente vai entender”, falou. Ele pede que a Prefeitura fiscalize demais setores, não só os postos de combustíveis, mas sim, vários outros segmentos.
Também é favorável ao projeto de lei aprovado o empresário Daniel Vilar. Ele vê no documento a oportunidade das pessoas evitarem o desperdício do bem natural.
Ele contou que há três semanas o estabelecimento começou a diminuir as lavagens de veículo e até sentiu a economia. “Não vencia mais o nosso poço artesiano devido à quantidade do uso de água diário”, destacou. Vilar disse que nenhum dos funcionários será dispensado por causa do projeto aprovado pela Câmara. “Não atingirá a nossa economia”, frisou.
Um proprietário que não quis se identificar disse que continuará atendendo ao pedido dos clientes, caso solicitarem o serviço. “Cada um manda no seu estabelecimento. Eu pago funcionário, imposto e penso que posso agir como quiser no meu negócio”, disparou. Ele disse que é válida a iniciativa visando a economia de água, mas nem todos os postos irão atender.
Sobre a possível multa que pode ser registrada no estabelecimento, o empresário disse que a medida deverá ser aplicada em todos os locais onde for registrada a ação. “Tem posto que lava neste período de escassez. E aí?”, questionou.
Ele tem 11 funcionários e teme que haja demissão se o posto não tiver mais um grande fluxo de veículos. “Quero agradar meu cliente. Tenho um setor destinado a lavar carros, mas é pago, e o meu consumidor não quer pagar”, falou.