Delegada Edna falou do uso de álcool e drogas, um dos motivos dos números
Da Redação
A Secretaria de Assistência Social, em parceria com a Delegacia da Mulher e o CRAM (Centro de Referência e Atendimento à Mulher), iniciou esta semana uma campanha que visa orientar e amparar mulheres que são vítimas de violência física, moral ou patrimonial.
O Centro de Referência conta hoje com uma assessoria jurídica, social e psicológica a essas vítimas.
Hoje, dia 29 de novembro, na Concha Acústica de Votuporanga, das 10h às 13h, o CRAM juntamente com uma equipe especializada em orientar mulheres que desejam relatar a violência recebida ou ter informações e orientações sobre o assunto estarão de prontidão. Além disso, durante toda a manhã, serão apresentados slides e panfletos, de orientação contra a violência.
De acordo com a delegada da Mulher de Votuporanga, Edna Rita de Oliveira Freitas, o número de casos tem aumentado em todo Brasil e não é diferente em Votuporanga. Mulheres são frequentemente violentadas, só neste ano, até o mês de junho, foram mais de 450 inquéritos registrados na Delegacia com 134 medidas protetivas. Número relativamente maior com relação aos índices totais do ano passado. “Esse número vem aumentando a cada ano, e não é somente a quantidade de mulheres denunciando, mas também o aumento de agressões e um dos causadores desse crescimento é o uso excessivo de álcool e drogas”, relatou a delegada.
A coordenadora do projeto preventivo, Marcilene Raymundo, contou que recebe em média 50 casos por mês de agressões, vindas de todas as classes sociais, idade e gênero. “Os agressores são, na maioria das vezes, muito próximos às suas vítimas e as agridem não só fisicamente, mas também, psicologicamente, moralmente e patrimonialmente”, disse.
As mulheres que sofrem agressões podem procurar a Delegacia da Mulher ou o CRAM e fazer o registro de sua denúncia, o serviço é oferecido também pelo disque denúncia no 180, que é um serviço anônimo, ou pelos telefones 3423-3300/ 3421-7526. A coordenadora do projeto ressaltou que o amparo oferecido é também para a família caso necessário. “Tentamos reabilitar essas mulheres para a sociedade, e amparar a família, direcionando aos demais órgãos de apoio aos parentes envolvidos”, concluiu Marcilene.