Lena disse que, de acordo com o senso do IBGE, em Votuporanga foram contabilizadas 18.936 pessoas consideradas negras ou pardas
Lena comentou sobre ações do conselho da comunidade negra do município
Isabela Jardinetti
Hoje é comemorado em todo o Brasil, o Dia da Consciência Negra. A presidente do Conselho da Comunidade Negra de Votuporanga, Maria Madalena Moreira, esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, e alertou a população para o despertar da consciência de cada um sobre os negros.
Lena disse que, de acordo com o senso do IBGE, em Votuporanga foram contabilizadas 18.936 pessoas consideradas negras ou pardas. “São pessoas que se declararam negras, tem gente que nega a raça, por isso acreditamos que o número seja um pouco maior”, falou.
Ela também comentou sobre algumas das ações do conselho, como uma campanha junto à Secretaria de Saúde sobre a anemia falciforme, que é uma doença genética e hereditária, predominante em negros.
“O intuito da ação foi informar sobre essa doença genética que negros estão mais pré-dispostos a ter, que é de difícil diagnóstico. Quem tem ela pode ter uma vida curta, em média 40 anos, então quem for negro e for ter um filho, que faça o exame, pois se ele tiver 50% da doença, o filho poderá ser 100%”.
Apelo
Lena também falou de outra ação que o conselho promoveu junto ao Sindicato do Comércio, que foi uma campanha de cons-cientização para que as pessoas negras tenham mais oportunidades de trabalharem no comércio.
“Vocês podem notar que ao longo da rua Amazonas, que são poucos os vendedores negros nas lojas, então existe este problema, que precisa ser trabalhado com a conscientização dos comerciantes, para dar aos negros mais oportunidades. Já é provado que os trabalhos que tem de lidar diretamente com o público, raramente são destinados aos negros”.