De acordo com o empresário Ozório Casado, de 72 anos, ele era criança quando seu pai o levava aos jogos no América.
A Câmara Municipal fica em uma área que era utilizada para a vinda de circos no município
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
O jornal A Cidade inicia hoje uma série que irá contar a história dos bairros de Votuporanga todos os domingos. O primeiro a estampar a página é a Vila América. Até o final da década de 1950 e início de 1960, Votuporanga era restrita a uma área retangular, isto é, sendo da rua Javari, das Américas e da Minas Gerais até a Guaporé. Os destinos para a Estação, Usinas Algodoeiras, Cemitério e acesso para Nhandeara, Parisi, entre outros locais, eram somente por estradas de terra.
Nesta época, o América Futebol Clube de Votuporanga recebeu um terreno em doação para construir seu estádio. O clube era dirigido pela família Pignatari, então o local se tornou um campo de futebol e fazia frente com a rua Minas Gerais e dos lados passavam a rua Pará e Padre Izidoro Cordeiro Paranhos e, nos fundos, a rua Argentina.
De acordo com o empresário Ozório Casado, de 72 anos, ele era criança quando seu pai o levava aos jogos no América. “Eu ficava pensando se aquele buracão todo em volta do estádio ia virar alguma coisa, meu pai dizia que sim, e não é que virou, hoje é um belo de um bairro”, disse.
Os prefeitos da época combateram a erosão e construíram a avenida José Silva Mello. Daí, um empreendedor de grande visão resolveu lotear o bairro em 1976, que foi Mário Pozzobon. Como os jogos do clube movimentavam muito aquela região, o pessoal começou a chamar o local de Vila América.
“Margeando essa grande erosão tinha as olarias do Sr. José Mattar e da família Amóz Ferrari, muitas casas dali foram construídas com os tijolos dessas olarias”, contou Ozório.
Em frente onde era o estádio do América foi construída a Escola Estadual Profª Uzenir Coelho Zeitune, que antes ocupava o espaço onde atualmente fica a Prefeitura de Votuporanga.
Ozório disse ainda que as famílias percussoras do bairro foram Albino Zan, Ângelo Zan, João Luiz da Silva, toda família Guerche, Pistilli, Miguel Vespa, João Veloso, dona Nirvana, dona Lourdes, famosa parteira, e dona Jaça, benzedeira.
Destacam-se atualmente no bairro também a Câmara Municipal e o Posto Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. O local onde os dois prédios se encontram era utilizado para a estadia de circos que vinham para o município.