Valores chegam a R$3,10; cidades da região também praticam números mais altos, que começaram a valer semana passada
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
O preço da gasolina já aumentou nos postos de combustíveis de Votu-poranga. Os valores variam de R$2,99 a R$3,10. O reajuste de R$0,09 em média chegou à cidade na semana passada, e quem vai pagar a conta é o consumidor.
Apesar da notícia não ser animadora, ainda há mais aumento por vir. De acordo com o gerente Riva, do Posto Gramadão, todos os dias vem um caminhão para reabastecer os tanques do estabelecimento.
“Agora eles vem quando querem, e estão segurando um pouco para vir. Acredito que ainda haverá mais aumento, de acordo com as conversas que ouvimos nos bastidores. Em Jales, por exemplo, cidade vizinha de Votuporanga, os preços lá estão em R$3,20. Agora, o posto não tem culpa dos preços, só praticamos o que nos é repassado”.
O último reajuste do preço da gasolina no país aconteceu em novembro do ano passado. Considerando apenas o preço praticado na bomba, o Brasil tem hoje a 39ª gasolina mais cara do mundo.
Reclamações
Alguns fren-tistas falam que os clientes vivem reclamando, mesmo sabendo que ia aumentar o preço da gasolina, e quem usa carro e motos flex tem preferido abastecer com etanol.
O comerciante Marcos Rogério Inocêncio da Silva, de 44 anos, achou um absurdo o valor, como tem um carro flex, preferiu abastecer com etanol, ao invés de gasolina.
“Nós somos um país que vende o combustível para fora mais barato, e para os brasileiros o preço mais caro. Os impostos são grandes vilões, e o governo tem que tirar de algum lugar, aí quem paga é o lado mais fraco”, disse.
Já o cobrador Douglas Compari, de 26 anos, ficou decepcionado com o aumento. “É ruim né, ainda mais para quem depende de veículos para trabalhar. Se o governo não tomar um jeito logo, tudo vai ficar mais caro”.
O motorista Ademir Damásio Trombella, de 50 anos, também não aprovou os novos valores. “Esse governo só sabe aumentar tudo, e ainda quer que a gente fique feliz”.
Inflação
Apesar de autorizado pelo governo, o aumento dos combustíveis terá impacto sobre a inflação, já que até setembro ultrapassou o teto da meta, de 4,5% ao ano, pela quarta vez em 2014.