Praça, no bairro Residencial do Lago, recebe o nome de “Maria de Jesus Gimenez Hernandez”; inauguração acontece às 18h
O prefeito de Votuporanga, Junior Marão, inaugura hoje, às 18 horas, as obras da Praça “Maria de Jesus Gimenez Hernandez”, no bairro Residencial do Lago, que fica entre as ruas Roraima, João da Cruz Oliveira e Valdevir de Oliveira Guena, ao lado do Cemei “Abílio Calille”. O evento contará com a presença de autoridades locais, familiares da homenageada e moradores do bairro.
A praça foi revitalizada e contou com projeto de paisagismo, instalação da academia ao ar livre, playground, bancos, lixeiras, iluminação e colocação de piso intertravado. O espaço servirá como área de lazer e entretenimento para as famílias do bairro.
Maria de Jesus Gimenez Hernandez
Nascida em Olímpia, no primeiro dia de julho de 1915, embora jamais tenha frequentado uma escola, foi exemplo de mulher moderna, muito além de seu tempo. Alfabetizou-se sozinha, tornou-se ávida leitora de jornais e revistas, conhecedora e estudiosa da Bíblia. Desembaraçada e altamente esclarecida, aberta às inovações, era referência na discussão de assuntos diversos, tanto no ambiente doméstico quanto no convício social. Criativa e de extremo bom gosto, firmou-se no segmento da alta costura, tornando-se uma estilista de destaque nos anos 60 e 70, cujas criações eram sinônimos de elegância e ousadia.
Casada com Atilano Manzano, trouxe à luz os filhos Crispina, Antonio, Encarnação, Marina e Atilano. O início da vida a dois aconteceu na antiga localidade de Monte D’Ouro, hoje Itaiúba, na fazenda do sogro. Porém, para ver os filhos estudados, o casal decidiu buscar uma nova terra e, assim foi que, nos anos 50, veio para esta região do Estado. Córrego Marinheirinho, Ponto da Onça, Córrego do Engano e Brejão até que, finalmente, Votuporanga. Para todos com quem conviveu, deixou sempre a imagem de uma mulher de ferro e flor. Apesar das naturais dificuldades que a vida impõe, a alegria era o seu chão. Mercadejava sempre que podia numa feira de trocas, em que a tristeza era moeda corrente para a compra do riso fácil e do desfrute da bem-aventurança da alegria. Amava a vida. Era generosa e conselheira. Com autoridade moral, tomava a si os problemas da família e dos amigos. Respeitava as pessoas e se fazia respeitar por elas.
Faleceu em junho de 2008, deixando atrás de si um legado de honestidade, amor à família e paixão por sua terra.