Inácio Pereira pede que servidores na ativa paguem 5% e aposentados, 20%; entidade conversa com secretário municipal
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais quer que a Prefeitura reveja o decreto que viabiliza o pagamento por parte dos funcionários na ativa e aposentados, referente ao plano de saúde. O pedido foi feito pelo presidente da entidade, Inácio de Oliveira Pereira.
Pereira contou que na manhã de ontem participou de uma reunião com o secretário de Gestão Administrativa, Miguel Maturana, na própria Prefeitura. Presentes no encontro, o advogado do sindicato, José Alberto, e os vereadores Douglas Lisboa e Jurandir Benedito da Silva (Jura).
Segundo Pereira, o encontro serviu para que os lados apresentassem suas versões. “O sindicato acredita que a proposta está muito acelerada, deveria acontecer de maneira crescente e, aos poucos, talvez. Nosso receio é prejudicar os funcionários que vão se aposentar”, disse.
O sindicato entregou ao secretário a seguinte proposta: que os funcionários públicos municipais em exercício paguem somente 5% do plano de saúde e os 95% restantes sejam bancados pela Prefeitura. Já os que estão aposentados, 20%.
“Quer sim ou não, é obrigatório o servidor contribuir, mas não com este valor proposto. O salário é baixo. Se tiver mais desconto, vai piorar. A inflação só aumenta a cada dia. Tudo sobe e ninguém repõe nada para nós”, falou.
Ele confirmou que participou de uma reunião antes do decreto ser publicado, mas pensou que seria agendada antes uma assembleia com os servidores para debaterem o assunto. Além disso, ele quer que o plano de saúde atenda mais rápido o pedido de consultas.
Entrevista
Na manhã de ontem, o vereador Edilson do Santa Cruz e a servidora municipal Rosemar de Freitas estiveram no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade. Eles apresentaram suas opiniões sobre a medida e mostraram-se insatisfeitos com a norma que entra em vigor no próximo dia 30. Informaram ainda que uma reunião na tarde de ontem seria realizada com o setor jurídico da Prefeitura e o plano de saúde, no caso o Sansaúde. Deste encontro, a intenção era tentar revogar a medida.
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que durante todo o dia de ontem houve procura de vereadores, representantes de sindicatos e funcionários públicos pelo secretário Maturana, para esclarecer melhor a medida. Ainda segundo a comunicação, as reuniões aconteceram, mas nada foi revogado.
Além disso, os colaboradores que tiverem dúvidas podem procurar os dois guichês destinados para a classe, na própria Prefeitura.