Apesar de estar em posição considerável no ranking, outras três cidades da região Noroeste Paulista superam Votuporanga
No ano passado, foram R$197,85 pagos por morador na cidade; mais que a média nacional
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Elaborado a partir de dados de 5.000 municípios e do Distrito Federal, disponíveis nas estatísticas do Tesouro Nacional, um levantamento mostra que os moradores de Votuporanga pagam o 66º IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) médio mais caro dentre os 645 municípios do Estado de São Paulo. Na região, a cidade fica na 4ª posição.
Foram R$197,85 pagos por morador no ano passado, mais que a média de todos os estados brasileiros, exceto São Paulo, que tem R$272,80 por habitante. Para efeito de comparação, a cidade ficou acima de Bauru, município de 362.062 habitantes, que tem IPTU médio de R$ 154,73; Franca, com 336.734 moradores e média de R$156,72 de IPTU; e Araçatuba, população de 190.536 e IPTU de R$124,47.
Apesar de estar em posição considerável no ranking estadual, outras cidades da região Noroeste Paulista superam Votuporanga no cálculo. Moradores de São José do Rio Preto com R$241,20, Catan-duva com R$238,90 e Santa Fé do Sul com R$199,31, pagam mais caro que os votuporanguenses segundo os dados.
De acordo com o ranking, previsivelmente, a receita do imposto tende a ser mais alta nas cidades mais ricas e desenvolvidas. Para os padrões internacionais de tributação do patrimônio, o IPTU arrecada pouco no país. Especialmente nas cidades mais pobres, os prefeitos evitam o desgaste político de impor alíquotas elevadas e preferem depender mais de repasses da União e do Estado.
As cidades do litoral paulista predominam nas primeiras colocações. Os moradores de Ilha Comprida, pagam o maior IPTU médio do país, foram R$ 1.687 por morador no ano passado, mais de 14 vezes a média nacional de R$118.
Lugares mais baratos
Na região, destaque para as cidades menores, com menos habitantes. São elas as que cobram o IPTU mais barato de acordo com o levantamento. Meridiano, por exemplo, tem 3.934 habitantes e a cobrança foi de R$21,84 por habitante; Cardoso, com 12.233 moradores, a cobrança média foi de R$39,29; Em Valentim Gentil são 12.012 moradores, com valor de R$61,01 em média.
Os Estados
São Paulo aparece em primeiro lugar no ranking (R$272,8); seguido do Distrito Federal (R$188,3); Rio de Janeiro (R$172,2); Mato Grosso do Sul (R$138,3); Santa Catarina (R$115,8); Paraná (R$102,8); Rio Grande do Sul (R$97,5); Goiás (92,6); Minas Gerais (R$81,0); Mato Grosso (R$62,1); Espírito Santo (R$48,4); Pernambuco (R$47,3); Roraima (R$46,9); Sergipe (R$39,0); Bahia (R$34,3); Rio Grande do Norte (R$32,9); Tocantins (R$30,1); Amazonas (R$29,9); Alagoas (R$29,7); Ceará (R$29,0); Rondônia (R$21,7); Acre (R$19,2); Paraíba (R$18,6); Pará (R$16,2); Piauí (R$15,6); Amapá (R$10,7); Maranhã (R$10,3).