Além dos trabalhos apresentados em telas, metal, papelão, linha e papel machê, pedras preciosas, a galeria conta ainda com uma programação de música e dança
Armadura Medieval Inglesa do século XVI , produzida pelo artista plástico Carlos Renato
Da Redação
Na primeira semana de dezembro, Votuporanga ganhou uma feira de exposição e venda de trabalhos artísticos, artesanatos, pintura em tela, escultura em papelão, entre outros trabalhos de grande expressão cultural.
As exposições ficam na Rua São Paulo, nº 3762, em frente ao prédio do Procon. A FAC (Feira de Arte e Cultura), teve início no dia 5 de dezembro e permanecerá até 30. O encontro dos artistas trabalha não só a valorização da arte e de seus produtores , mas também oferece a comunidade uma oportunidade de conhecer um pouco dos artistas locais. A exposição é aberta ao público e o horário é das 18h às 22h.
No espaço, apreciadores podem ir apenas para conhecer obras e talentos da cidade, como podem também adquirir as peças. “É importante ressaltar que os trabalhos estão sendo comercializados. Os artistas precisam também de incentivo financeiro, por isso, estamos vendendo, a margem de lucro gira em torno de 15%, pois a intenção é realmente divulgar o evento, os trabalhos e os artistas, mas os custos precisam ser pagos”, relata Nilton Romani, um dos organizadores da feira.
Nilton ainda fala da importância e qualidade dos artistas locais, como é o caso de Renato, que faz esculturas em papelão. “O menino é brilhante, ele tem uma condição artística muito própria, cria peças em papelão, isopor, geralmente transcreve personagens de desenhos, peças da idade medieval, como armadura e capacetes usados pelos soldados da época, é preciso que saibam desses artistas e mais, é preciso que dêem a eles o seu valor, por isso decidimos expor e também vender as obras”, disse.
Além dos trabalhos apresentados em telas, metal, papelão, linha e papel machê, pedras preciosas, a galeria conta ainda com uma programação cultural, com música e dança, além de um encontro entre tatuados, para discutir a questão histórica da arte no corpo.
Carlos Renato Zangliorani de Almeida, 35 anos, artista plástico de Votuporanga, trabalha com materiais simples como papelão, isopor ou madeira e produz peças relacionadas a idade medieval, mangás e personagens de desenhos ou filmes. Pela primeira vez ele expõe seu trabalho, o artista conta que até então ele era uma figura oculta. “ Apenas minha família e meus amigos mais próximos sabiam do meu dom, desenvolvi essas habilidades sozinho , nunca fiz aulas, desde criança faço minhas peças , mas nunca coloquei nada a mostra e esta feira com o auxílio do Gustavo Rapasse veio valorizar não só o meu trabalho, mas o dos mais de 30 artistas e artesões que participam. Me senti muito feliz, fez muito bem a minha autoestima e agora espero que outras pessoas conheçam meu trabalho”, relatou.