Boa parte das pessoas não investe seu dinheiro, o 13° deveria ser tratado como um salário extra e usado para os pagamentos de início de ano como IPVA, IPTU
Da Redação
O mês de dezembro é o mais movimentado do ano com relação às compras e festividades. A temporada natalina traz para a economia um crescimento de aproximadamente 10% a 15% no setor do comércio, colabora com esse aquecimento o 13° salário. Porém, a maior parte da população não sabe exatamente a melhor maneira de usá-lo, por isso, o jornal A Cidade conversou com o economista Juny Ferreira, que ofereceu diversas dicas.
Boa parte das pessoas não investe seu dinheiro, o 13° deveria ser tratado como um salário extra e usado em planos para o futuro, para os pagamentos de início de ano como IPVA, IPTU, ou uma viagem para a família, porém a maioria usa para pagar dívidas que se arrastaram durante todo o ano, culpa de um mau planejamento orçamentário.
Segundo o economista Juny Ferreira, a população gasta o 13° para quitação de dívidas e o restante para compras no fim do ano. “Tudo isso, sem muito planejamento, o que faz com que se endividem mais, e esse ciclo se repita no ano seguinte. Grande parte das pessoas já conta com o 13° como parte do salário do ano, e não o vê como uma renda adicional. Como os trabalhadores tendem a gastar esta verba extra já em dezembro, quando chegam as contas do início do ano eles se encontram em sérias dificuldades. O ideal seria que fosse considerada a criação de uma reserva de emergência, que lhe traria tranquilidade em casos de problemas familiares ou desemprego”, disse.
Juny ressaltou ainda que a reserva financeira deve ser feita ao longo de todos os meses do ano. “Para quem deseja fazer um planejamento financeiro, é interessante que se reserve no mínimo 10% do valor que se recebe para as emergências, no caso de doença, desemprego, ou para investimentos do futuro como a compra da casa própria. Outra sugestão é que se invista essa reserva, inicialmente, em caderneta de poupança que é a mais simples e barata das aplicações, depois outros investimentos mais lucrativos e interessantes vão surgindo, como ações, cartas de créditos imobiliárias, ou até mesmo tesouro direto”, explicou.
O economista ainda deu dicas de como fazer um bom investimento. “No momento, sendo a mais atual e segura, a melhor opção devido aos juros altos praticados no Brasil seria investir em títulos do tesouro público (tesouro direto), que rende mais de 11% ao ano. É um investimento muito seguro, que pode começar a ser feito com apenas R$80, e é mais garantido que a poupança”, destacou.
O dinheiro extra deve ser investido da seguinte forma: 42% no pagamento de dívidas; 20% poupados; 14% destinados para a compra de presentes; 9% destinados ao objetivo de viajar; 8% irão para a reforma da casa; e 6% serão alocados em outros fins.
Para mais informações sobre investimentos em títulos públicos, basta acessar www.tesourodireto.gov.br