“A luta continua”, destacam participantes da mobilização realizada na manhã de ontem em Rubinéia na Ponte Rodoferroviária
Leidiane Sabino
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Cerca de 100 líderes da região, incluindo prefeitos,deputados e presidentes de associações estiveram ontem, às 9h30, na ponte rodoferroviária, em Rubinéia, que liga o Estado de São Paulo a Mato Grosso do Sul, em um protesto contra a inclusão de pedágios naquele local.
Os deputados Edinho Araújo, federal, Itamar Borges, estadual, e Fausto Finato, federal, com Jurandir Barbosa de Morais, presidente da AMA (Associação de Municípios da Araraquarense) e prefeito de Nova Aliança e Liberato Caldeira, presidente da AMOP (Associação dos Municípios do Oeste Paulista); uniram-se aos prefeitos e vereadores na mobilização.
Depois de uma concentração na avenida Navarro de Andrade, em frente à Funec-2, em Santa Fé do Sul, saiu uma carreata em direção à ponte, onde ocorreu uma grande concentração na margem paulista do Rio Paraná.
Para Edinho Araújo, “não é justo que uma ponte que custou mais de R$ 550 milhões, entregue há 16 anos, venha a ser pedagiada agora por um Estado que não investiu um centavo na construção, bancada com recursos da União e do Governo de São Paulo em partes iguais”. A decisão de instalar o pedágio choca-se também com um projeto de autoria de Edinho Araújo, aprovado na Câmara Federal e em fase final de tramitação no Senado, transferindo a manutenção regular da ponte para a União, sem previsão de pedágio.
O governo de Mato Grosso do Sul se baseou num acordo com o Ministério dos Transportes, feito sem qualquer divulgação ou debate prévio, para licitar a construção do pedágio junto à ponte, onerando todos os que precisam fazer a travessia.
Esta ação também está sendo contestada na Justiça, no Tribunal de Contas de MS e no Tribunal de Contas da União.
O governador eleito de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, também foi convidado, mas, por compromissos agendados anteriormente, não pôde estar presente. De acordo com a assessoria de Edinho Araújo, Reinaldo manifestou apoio ao movimento e disse que, quando assumir, caso seja legal, irá cancelar a licitação que coloca o pedágio.