Médica Marlene Chinelato esclarece dúvidas e dá dicas de como cuidar dos pequenos nesta época
Da Redação
Com a chegada das férias escolares, crianças acabam ficando mais tempo em casa e, na maioria das vezes, esse tempo ocioso aumenta o risco de acidentes domésticos. Nem sempre os pais podem ou estão por perto, além disso, as crianças são espertas e rápidas, por isso, todo perigo deve ser mantido o mais distante possível desses pequenos.
Segundo dados da Santa Casa de Votuporanga, por ano, mais de 500 crianças passam por essa situação, com os mais diversos registros de ocorrência, são queimaduras, quedas, afogamento, ingestão de medicamentos ou produtos tóxicos. Por isso, todo o cuidado é pouco e prevenir é sempre o melhor remédio. Manter um ambiente seguro dentro de casa é primordial para que se diminua os registros.
Em entrevista concedida ao jornal A Cidade, a médica Marlene Chinelato esclareceu algumas dúvidas e deu dicas de como proceder em caso de ingestão de produtos tóxicos ou medicamentos. A indicação é primeiro verificar se ainda existe algo na boca, retirar e seguir imediatamente ao médico. “Provocar o vômito não é indicado, especialmente pelo potencial que substâncias ácidas ou básicas, como no caso de muitos produtos domésticos, têm de gerar ainda mais danos na passagem do vômito de volta do estômago para a boca”, disse.
Para os pais, avós, cuidado-res, tias ou babás, que ficam com os pequenos em casa, toda atenção é necessária. Evitar o risco é importante.
Elza Guizo Figueira cuida da neta Larissa, de quatro anos, durante as férias escolares. Ela contou ao jornal A Cidade que nunca passou por nenhum situação de muito risco, apenas tombos leves e ralados, que são comuns em crianças, porém, ressaltou a importância de manter o ambiente seguro e estar sempre por perto. “Desde que a Larissa é pequena, sempre nos preocupamos com relação ao quanto os produtos de limpeza, facas, tesouras ou objetos podem causar risco, mantendo-os fora do alcance, além de orientar nas brincadeiras e estar atento, pois com crianças todo cuidado é pouco”, relatou.
Já Leni Barbosa Andreu, auxiliar administrativo, disse que para manter o cuidado com os filhos, optou por trabalhar em casa e, mesmo assim, uma vez ou outra leva algum susto. “Há um tempo, quando o Vinicius, meu filho do meio, tinha pouco mais de um ano e estava começando a andar, o coloquei no andador e em fração de segundo me distraí e ele foi em direção à escada e caiu. O susto foi muito maior que o tombo, mas, mesmo assim, fiquei muito preocupada. Hoje, com as três crianças, o cuidado é redobrado e sempre estamos por perto”, afirmou.
Queimaduras
Neste caso, a ação principal é lavar logo após o acidente. Não se deve usar nenhum tipo de pomada, creme ou quaisquer outros produtos. A principal medida a ser tomada é lavar bastante com água gelada o local da queimadura, o que alivia a dor.
Quedas
É primordial avaliar a queda, altura, local e ferimento, caso seja algo leve a criança se recupera espontaneamente, porém vale observar o aparecimento de alguns sinais e sintomas nas horas seguintes, como vômitos, agitação, confusão e a própria sonolência. De toda forma, em caso de trauma na cabeça, é recomendada a avaliação por um médico.