Órgão estadual foi implantado em Votuporanga junto do CAEF, que forma uma Unidade de Atendimento de Reintegração Social
Isabela Jardinetti
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Votuporanga passa a contar com uma Unidade de Atendimento de Reintegração Social, que terá uma CPMA (Central de Penas e Medidas Alternativas) e CAEF (Central de Apoio ao Egresso e Família). Os órgãos pertencem à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e, de acordo com o titular da pasta, Lorival Gomes, o índice de reincidência dos atendidos no CPMA é de apenas 4,5%, ou seja, 96,5% dos beneficiados se recuperam.
“Estes locais são muito importantes para nós, pois assim evitamos de direcionar mais pessoas para as penitenciárias. Não é justo que uma pessoa que cometeu um delito leve, que é ré primária, vá para a cadeia, mas também não é justo que essa pessoa não pague por isso. Por isso estas unidades estão sendo implantadas, para que essas pessoas paguem suas penas prestando serviços à comunidade”, disse Lorival.
O secretário também apresentou alguns números, que apontam que o Estado de São Paulo possui mais de 226 mil detentos e que nos últimos quatro anos, a população carcerária aumentou significativamente. “Este é o equipamento de número 65 do CPMA e o 36 do CAEF que implantamos no Estado, e que está servindo de modelo para outros estados, sinal de que os nossos objetivos estão sendo alcançados”.
A cerimônia de inauguração aconteceu na tarde de ontem, na Secretaria Municipal de Direitos Humanos, onde será a sede dos equipamentos sociais. Estiveram presentes lideranças municipais, como o vereador Osvaldo Carvalho, representando a Câmara Municipal, o ex-deputado João Dado e representantes de penitenciárias da região.
O prefeito Junior Marão destacou que a implantação da unidade no município se deu graças ao empenho do secretário de Direitos Humanos, Emerson Pereira, e do juiz da 5ª Vara de Votuporanga, Sérgio Barbatto Junior. “Eu, como prefeito, apenas vi o que era bom para a nossa cidade e de imediato corri atrás para a vinda dos centros para Votuporanga. Tenho certeza de que vamos avançar muito com mais essa conquista, dando um suporte melhor para os egressos”, disse.
Emerson Pereira disse que mesmo antes da vinda dos centros, a Secretaria de Direitos Humanos já realizava um trabalho com famílias de presos. “No ano passado, 73 pessoas nos procuraram, e neste ano já foram 257. O público carcerário precisa ser olhado com mais atenção e agora nossa população está ganhando um grande presente”, falou.