O extintor será opcional para carros de passeio e caminhonetes; para os outros veículos é obrigatório
Da Redação
Comerciantes de Votupo-ranga e região que se prepararam para as vendas de extintores de incêndio tipo ABC para veículos, agora convivem com os prejuízos após a lei nacional, que obrigava a colocação do equipamento, ser cancelada. Os extintores passariam a ser obrigatórios a partir de 1º de outubro, mas na última quinta-feira (17), o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu que o uso dele será opcional.
Nos postos de combustíveis a venda está parada e os estoques cheios. ‘’Essa decisão espantou os clientes, foi uma pegadinha com a população, assim como aconteceu lá em 1999 com o kit de primeiros socorros, era obrigatório e depois que todos gastaram dinheiro, não era mais’’ afirmou o gerente de posto, Givanildo Donizete da Silva.
A empresa Extintores Ruviere, de Fernandópolis, está com três mil equipamentos no estoque. “No começo, quando entrou em vigor a lei, faltou extintor, eu vendia cerca de 12 por dia, agora está bem mais difícil”, afirmou o proprietário Miguel Palhares. O prejuízo na empresa é de R$ 150 mil, aproximadamente.
Por outro lado, a empresa Extintores Confiança, de Votuporanga, não teve tanto prejuízo, mas mesmo assim possui mais de 150 equipamentos parados na loja. “Conversando com amigos que também possuem empresas de extintores pela região, vejo que eu fui o que menos levou prejuízo, em Jales e Santa Fé teve gente que perdeu cerca de R$15, R$20 mil”, contou o proprietário da empresa, José Eduardo Modesto.
Além dos comerciantes, os motoristas que já adquiriram o modelo tipo ABC também se sentem prejudicados. “Acho uma palhaçada, gastamos dinheiro para ficar dentro da lei e depois acontece isso, a gente se sente tonto”, afirmou o comerciante Devair Savazzi.
O governo adiou três vezes a data para passar a valer o uso obrigatório de extintores, a última seria no dia 1º de outubro. Com a decisão do Contran, o extintor será opcional para carros de passeio e caminhonetes. Para caminhões, ônibus, micro-ônibus e veículos que transportam produtos inflamáveis, continua obrigatório.