A Câmara Municipal de Votuporanga sediou na tarde de ontem duas audiências públicas, para debater assuntos de destaque. Na ocasião, o secretário de Finanças, Controladoria e Modernização, Egmar Marão, falou da crise nacional e do impacto direto que o município têm enfrentado.
A primeira audiência foi sobre a Execução Orçamentária e Gestão Fiscal correspondente ao segundo quadrimestre do exercício financeiro de 2015. O contador da Prefeitura de Votuporanga, Deosdete Vechiato, falou a respeito do momento econômico que atravessa a administração Municipal, além dos gastos e investimentos realizados pelo município. Votuporanga deixou de receber, entre 2008 e 2014, cerca de R$ 46 milhões em Educação, Saúde e Cidades.
“A atual crise econômica que estamos enfrentando está afetando diretamente as prefeituras de todo o país. As receitas do Governo Federal estão diminuindo, e os repasses para os municípios também”, contou.
Segundo o secretário de Finanças, Controladoria e Modernização, Egmar Marão Alfagali, a Prefeitura precisa realizar cortes no município para tentar sanar essa situação. “Nós conseguimos reduzir os gastos com eventos em 76% e mesmo assim foi possível realizá-los normalmente, mas isso com ajuda de parcerias, então já é um avanço significativo, acredito que a crise vai passar se nós continuaremos economizando”.
Questionado pelo vereador Jura a respeito da inadimplência da Prefeitura, Deosdete disse que ao longo dos anos foram de 12% a 15%. “Atualmente, a Prefeitura está com inadimplência de 13%, o que não é um número preocupante”.
Apesar dos cortes, o município ganhou destaque na educação e na saúde. A lei nacional exige que seja aplicado 25% em educação e 15% em saúde. “Nossa cidade aplica 28% em educação e 27% em saúde, ou seja, aproximadamente R$ 20 milhões acima do exigido”, afirmou o secretário de finanças.