O abandonado e esquecido aparelho dá espaço aos celulares, que são cada vez mais vistos por toda parte na cidade
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
O uso do TUP (Telefone de Uso Público) ou orelhão, como é popularmente conhecido, está cada vez mais incomum. Mesmo assim, a empresa Telefônica Vivo mantém em funcionamento em Votuporanga cerca de quatro aparelhos por mil habitantes, são 608 no total no município. Em 2015, para um comparativo, a cidade tinha 851 orelhões em funcionamento. Os números obedecem a determinação da Anatel.
Para uma análise com relação ao uso do celular, de acordo com o Procon de Votuporanga, o Brasil terminou julho de 2015 com 281,5 milhões de celulares e densidade de 137,65 aparelhos para cada 100 habitantes.
Com relação à manutenção, a Telefônica possui sistema remoto que detecta defeitos nos aparelhos além de realizar vistorias periódicas e presenciais dos orelhões. A empresa destacou ainda que, todos os meses, um volume expressivo de cúpulas, postes e aparelhos sofrem atos de vandalismo, exigindo medidas adicionais para que os orelhões estejam disponíveis ao público em boas condições. Para solicitar reparos, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento 103 15 (ligação gratuita) que funciona 24 horas nos sete dias da semana.
Cartões
Depredados e esquecidos, os famosos orelhões já são uma espécie em extinção. Sequer se encontra mais cartão para eles. Os comerciantes contam que até vendem, porém é algo muito incomum nos dias de hoje, em que a maioria da população possui aparelho celular.
O jornal A Cidade foi até alguns comércios do município. A jornaleira Bete Mantovani relatou que, de forma rara, ainda consegue vender cartões para pessoas em situações de necessidades. “Às vezes alguém esquece o celular em casa, ou acaba a bateria, e compram o cartão para ligar, mas é muito difícil de acontecer isso”.
Já o comerciante João Ribeiro disse que a falta de uso do equipamento foi o principal motivo para ele ter deixado de vender os cartões telefônicos. “Dificilmente se vê alguém usando orelhão, a gente perceber quando anda nas ruas. Eu até que comprava alguns cartões para revender, mas passava meses com eles, então decidi parar de comprar”.