Cabe a cada gerente justificar porque há funcionários no
trabalho, mas não atendem ao público
Leidiane Sabino
Um cliente bancário procurou ontem o jornal A Cidade para manifestar uma crítica aos grevistas que permanecem em serviço dentro da agência. Ele alega que isto não é greve e, já que os servidores decidiram trabalhar, devem atender a população que está do lado de fora. Procurado, o presidente do Sindicato dos Bancários de Votuporanga, Harley Visoná, disse que não pode tomar nenhuma atitude com relação a este caso.
“Cabe a cada gerente justificar porque há funcionários trabalhando, mas que não atendem ao público. Se a Rádio Cidade fizer uma pesquisa, vai perceber que muitos clientes estão recebendo ligações dos bancos, mesmo com a greve. Acontece que a maioria dos gerentes de negócios está trabalhando a portas fechadas. Muitos clientes não denunciam porque eles são beneficiados”, disse Harley.
“Trabalhando internamente, os bancários estão atendendo ao interesse dos bancos, assim, eles não vão conseguir aumento nenhum! Se é greve, o trabalhador não deve fazer nada, do jeito que estão fazendo, só prejudicam ao cliente. Desta forma, o sindicato perde força. Não sou a favor da greve, que só nos atrapalha, mas se é greve, tem que parar”, disse um leitor do jornal A Cidade, que preferiu não se identificar.
A manifestação dos bancários segue sem data para terminar. A rodada de negociações da tarde de ontem terminou sem acordo. Os bancos ofereceram 8,75% de reajuste. Nova reunião está agendada para hoje, às 14h.