André Figueiredo levou sandália à tribuna, simbolizando falta de humildade de superintendente de autarquia
Com uma sandália velha em mãos, insinuando falta de humildade, o vereador André Figueiredo (SDD) fez denúncias sérias contra o superintendente da Saev Ambiental, Oscar Guarizo, durante a 38ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, na noite de ontem. Segundo o legislador, o responsável pela autarquia estaria fazendo represálias, ameaçando de demissão ou cobrando reembolso de funcionários que, involuntariamente, causaram algum tipo de prejuízo. Além disso, convocou Guarizo para que compareça à Câmara, em 15 dias, para prestar esclarecimentos.
Figueiredo abordou o assunto durante o tempo de discurso na tribuna. O vereador citou quatro exemplos de situações que, segundo ele, aconteceram dentro da Saev e comprovariam supostas ameaças feitas pelo superintendente a funcionários. Na primeira situação exposta, Figueiredo disse que um trabalhador estaria sendo responsabilizado e obrigado a pagar o conserto de um carro danificado em acidente durante o serviço, sob pena de demissão. Em seguida, falou de outra situação, em que outro trabalhador estaria sofrendo represálias para que pagasse o reparo de uma peça que caiu ao chão, avaliado em R$7 mil. “Ou ele paga, ou perde o cargo”, disse André”.
A terceira acusação do legislador teria envolvido uma técnica em vigilância do trabalho. A funcionária da autarquia teria sido designada para preparar uma placa de sinalização de solo, que, de acordo com André, não teria sido feita de acordo com o gosto do superintendente, e ela teria sido obrigada a pagar pelo prejuízo do material gasto. E, por fim, emendou a última denúncia. “Temos funcionário afastado por motivo médico que não pode trabalhar no sol e ele disse: e eu com isso?”, declarou o vereador.
Nas quatro denúncias, André Figueiredo não divulgou nomes dos funcionários envolvidos, bem como quando as situações teriam acontecido, se reservando apenas a dizer que as supostas ameaças teriam ocorrido desde o momento em que o superintendente assumiu a cadeira de liderança na Saev. Ele também disse que as informações não vêm de trabalhadores, mas de pessoas de “fora”, indignadas com a situação. “Nenhum funcionário está contente com o senhor Oscar Guarizo. Ninguém quer bater carro, quebrar aparelho ou fazer placa errada”, disse batendo a sandália na tribuna.
Figueiredo terminou as denúncias com a exigência, ao presidente Sérgio Adriano Pereira, para que convoque o superintendente, em prazo de 15 dias, para que vá até à Casa de Leis, prestar sua versão sobre as supostas ameaças. Nenhum outro vereador falou sobre o assunto.
Projetos
Foram aprovados os projetos que dão o nome de Manuel da Silva Laranja a uma rua da cidade e de Radialista Ezupério Vitor Martins ao setor de Imprensa da Nova Arena Plínio Marin; também veto do prefeito Junior Marão ao projeto que regulamenta uso de cadeiras em calçadas por estabelecimentos comerciais.
Quando chegou à análise o projeto que autorizaria o Poder Executivo a liberar R$15 para a Spavo, André Figueiredo pediu que a sessão fosse paralisada por 10 minutos, para uma reunião.
Quando retornaram, Meidão pediu uso da palavra para solicitar que se crie o Conselho Municipal de Proteção dos Direitos dos Animais, e afirmou que está encaminhando um projeto de lei para que se crie multas para quem abandone animais.
Por sua vez, Pedro Beneduzzi (PV), se dirigiu ao presidente da Spavo, que recentemente usou sua conta em uma rede social para criticar os vereadores. Segundo Beneduzzi, foram usadas palavras como “corja”, “vagabundo”, e “imbecil”. “E não sou. Eu trabalho dentro da Câmara para a população de Votuporanga. Essas pessoas que escreveram, gostaria que mostrassem seu serviço. Fico com nojo quando o vereador é ofendido”. Na sequência, o projeto foi votado e aprovado por unanimidade.