Dia D da Capina Química é realizado em todo Estado de São Paulo a fim de conscientizar instituições e população sobre os perigos de intoxicação e contaminação causados por herbicidas
Preocupada com a difusão da prática não autorizada de uso de agrotóxicos para o controle de plantas daninhas em áreas urbanas especialmente em praças, jardins públicos, canteiros, ruas e calçadas, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária de Votuporanga, promove nesta terça-feira (20/10), o Dia D da “Capina Química”.
Uma reunião será realizada entre os secretários municipais e Conselhos ligados ao meio ambiente para apresentar a capina química como um método que oferece perigo de intoxicação a pessoas e animais e contaminação da flora, água e solo.
A capina química é um procedimento que consiste na remoção de plantas invasoras ou plantas daninhas utilizando herbicidas e agrotóxicos. De acordo com a diretora da Vigilância Sanitária – Danielli de Abreu Leppos, com o passar dos anos o uso de agrotóxicos foi estendido ao combate de vetores, desde então, vem se generalizando, sendo estendido ao meio urbano para eliminação de pragas, porém de forma banalizada, em práticas não bem definidas. “Em todo Estado de São Paulo, a prática da capina química é ilegal. Essa situação é um grave problema para a saúde pública caracterizado como uso indiscriminado de substâncias tóxicas diversas, sem orientação, sem conhecimento dos riscos pelos trabalhadores e munícipes”.
Os produtos que visam alterar a composição da fauna ou da flora, com a finalidade de preservá-las da ação de seres vivos considerados nocivos são definidos nos termos da legislação vigente (Lei nº. 7.802/89) como produtos agrotóxicos, tanto quando se destinam ao uso rural ou urbano.
Dessa forma, a prática da capina química em área urbana não está autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou por qualquer outro órgão, não havendo nenhum produto agrotóxico registrado para tal finalidade. “Nos locais públicos, onde circula a maior parte da população, a capina química, quando é praticada ilegalmente, causa e agrava problemas de saúde aos doentes crônicos, idosos, crianças e gestantes”, explica Danielli.
No Estado de São Paulo, apenas 23% dos municípios não realizam a capina química.