Evangélicos acreditam que a morte é um estágio; espíritas lembram mortos de forma natural
Da Redação
O Dia de Finados não tem o mesmo significado entre as diversas doutrinas religiosas. Para os católicos, a data é dedicada à celebração da vida eterna. O padre Gilmar Margotto diz que a tradição vem do início do cristianismo, há mais de 2 mil anos. “Neste dia, nós visitamos cemitérios que, para nós, é um lugar sagrado, pois esta palavra deriva de sementeira, que expressa justamente que ali nós depositamos o corpo dos nossos falecidos e eles ressuscitarão em Deus”.
Os evangélicos analisam a data de forma diferente. Eles acreditam que a morte é um estágio e que, quando Jesus Cristo voltar, as pessoas despertarão para a vida eterna. “Quando uma pessoa morre, nós não podemos mais alterar o destino eterno dela, por nada que nós possamos fazer aqui. Então, nós não fazemos orações pelos mortos, não há nada, nenhum culto em favor de mortos porque a palavra de Deus diz que aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso, segue-se o juízo”, defende o pastor Fernando Duarte.
A doutrina espírita, por sua vez, não tem uma comemoração especial para o Dia de Finados. Os praticantes não realizam qualquer ritual. “A doutrina espírita nos ajuda a entender a morte como um fenômeno natural, o qual todos nós teremos que passar e que faculta com que todos nós voltemos para a realidade de onde viemos, que é o mundo espiritual. Então, não há uma cerimônia, não há um ritual, não há nenhuma prática especial nas casas espíritas, mas há neste dia, como inclusive em todos os dias do ano deve haver, a lembrança saudável da partida daqueles que foram para o mundo espiritual e que, na verdade, estão vivos ou mais do que nós”, fundamenta Waldenir Aparecido Cuin, presidente da Associação Beneficente Irmão Mariano Dias.