Juny Figueiredo conta que a população tem o costume de usar o dinheiro para quitar dívidas e compras no fim do ano
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Com a chegada do final do
ano, todo trabalhador
pode contar com um reforço financeiro, o 13° salário, o problema é que muitos não sabem o que fazer com este dinheiro e muitos dos que têm planos, investem errado. O economista Juny Figueiredo explicou que 13° deve ser investido.
“A população deve guardar e investir este dinheiro, só que grande parte da população não investe o 13° salário. A população gasta o 13° para quitação de dívidas e o restante para compras no fim do ano, sem muito planejamento, o que faz com que se endividem mais, e esse ciclo se repita no ano seguinte. Grande parte das pessoas já conta com o 13° como parte do salário do ano, e não o veem como uma renda adicional”, disse.
Juny explicou que se o trabalhador tiver dívidas, a quitação delas deve ser a maior prioridade. “Se a dívida for muito alta, negocie antes de queimar o 13º, já que, dependendo do valor, o 13º salário pode não fazer nem cócegas. Se o dinheiro não cobrir a dívida toda, com o efeito dos juros compostos, o débito pode crescer de novo e o benefício pode ter sido usado em vão”.
Se os juros tiverem elevado a dívida de forma que ela tenha se tornado impagável e as taxas forem muito altas, a dica é renegociar com o banco a redução dessa dívida antes de pagá-la.
“Se você não tem investimentos e o seu objetivo é mudar sua vida financeira em 2015, as aplicações devem vir antes das compras de Natal”, destacou Juny.
Pesquisa
Segundo uma pesquisa recente, quando questionados sobre o destino dos recursos do 13º salário, os entrevistados se comportaram da seguinte maneira:
• 42% do dinheiro recebido serão usados no pagamento de dívidas;
• 20% serão poupados;
• 14% serão destinados para a compra de presentes;
• 9% dos recursos serão destinados ao objetivo de viajar;
• 8% irão para a reforma da casa;
• 6% serão alocados em outros fins.
Observando os resultados do levantamento, fica fácil concluir que o endividamento continua sendo o principal foco de atuação da população em relação ao 13º salário.