Jociano Garofolo
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A Polícia Civil do município de Iturama, no estado de Minas Gerais, localizou ontem pela manhã o avião subtraído do Aeroporto Estadual Domingos Pignatari, de Votuporanga, na semana passada. A aeronave está envolvida em um processo de reintegração de posse e foi localizada em uma pista de pousos utilizada por uma usina de cana-de-açúcar daquela região.
O avião foi encontrado em uma pista de pouso de Iturama, que é utilizada apenas por aviões agrícolas da Usina de Cururipe e não possui controlador de pouso, o que não permitiu identificar o momento exato em que a aeronave chegou naquele espaço aéreo. A suspeita da Polícia Civil é de que o proprietário do avião tenha mandado um piloto furtar a aeronave do local onde estava guardado pela empresa.
O avião P200GT King Air Turbo-hélice, 2008, sumiu de um hangar do aeroporto local na noite do dia 22 de dezembro. A advogada C.L.G.S., representante da empresa que detém os direitos sobre a a aeronave, informou à polícia que no último dia 21 de dezembro, uma oficial de justiça da 3ª Vara Cível local, cumprindo carta precatória do Juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de São José do Rio Preto, procedeu a reintegração de posse do avião à empresa, garantindo como depósito a aeronave. A advogada ficou como responsável pelo bimotor, que estava em um hangar para ser removida do aeroporto posteriormente.
O suposto furto teria acontecido na madrugada do dia seguinte à decisão judicial. C.L.G.S. recebeu uma ligação do administrador do aeroporto de Votuporanga, J.D.C., que denunciou que um indivíduo desconhecido, agindo sorrateiramente, levou a aeronave do local sem permissão. Na delegacia, a advogada disse à polícia que única pessoa que tinha a chave do avião é o piloto J.C.P., que tinha pleno conhecimento da ordem judicial, assim como a administração do aeroporto.
De acordo com o delegado de Polícia de Votuporanga, Antônio Marques do Nascimento, que atualmente responde pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), o avião havia sido reintegrado como garantia de uma dívida por uma empresa de São Paulo no mesmo dia em que foi furtado. Segundo Nascimento, uma das suspeitas é de que o proprietário do avião tenha mandado um piloto furtar a aeronave do local onde estava guardado pela empresa. Para que o avião tenha chegado até Iturama sem ser monitorado, é possível que o piloto tenha voado abaixo do sistema de radar. Por enquanto, ninguém foi preso. É possível que o piloto sabia quando a pista de pouso ficava sem vigias e pousou em um desses momentos para evitar ser visto.
De fabricação norte-americana, o avião é avaliado em aproximadamente R$ 6 milhões. De alta tecnologia, não necessita de uma base terrestre para efetuar pousos.

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