O Brasil possui 120 mil pacientes renais que fazem tratamento semanal (Foto: Agência Brasil)
O Brasil possui 120 mil pacientes renais, que fazem tratamento semanal nas cerca de 800 clínicas e hospitais de diálise distribuídos por todo o país, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (Censo 2017). Essas pessoas estão correndo sério risco. Sem poder passar pelas barreiras, as transportadoras não conseguem levar os insumos com os materiais necessários para abastecer clínicas e hospitais que atendem doentes renais crônicos e agudos.
Os pacientes precisam fazer o tratamento pelo menos três vezes na semana para terem qualidade e garantia de vida. Algumas das unidades de diálise que atendem pacientes do SUS e privados já não têm mais material para fazer o tratamento a partir de sábado (26). A falta de enfermeiros e técnicos de enfermagem que não conseguem chegar ao trabalho, devido às dificuldades no transporte público e falta de combustível, também é preocupante.
"A hemodiálise é a limpeza do sangue do paciente. O rim do doente renal não funciona mais e as máquinas de diálise precisam de uma série de insumos para funcionar, sem os quais não realizamos o tratamento. Como se tratam de materiais de grandes volumes, como galões de cinco litros de solução e filtros dialisadores, o abastecimento das clínicas no país, em geral, é feito semanalmente. Por conta da greve, a entrega dos insumos que saem da fábrica em São Paulo está comprometida", alerta a nefrologista Ana Beatriz Barra, gerente médica da Fresenius Medical Care, empresa líder de produtos e serviços de diálise.
Situação pode ser agravar caso não haja acesso à água
Além disso, em cada procedimento de hemodiálise são consumidos aproximadamente 120 litros de água. Se houver comprometimento no abastecimento de água, a realização dos tratamentos também será afetada. (Fonte: Agência Brasil)