(Foto: Divulgação/Santa Casa de Votuporanga)
Uma família solidária e que valoriza a vida foi protagonista do final de semana na Santa Casa de Votuporanga. A equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Transplante (CIHT) realizou captação de dois rins neste final de semana, levando esperança e vida para duas pessoas e ressaltando a importância da conscientização da doação de órgãos.
Uma equipe da Organização de Procura de Órgãos do Hospital de Base - Equipe da OPO-SJRP – esteve no Hospital para o procedimento. Os rins já foram transplantados, oferecendo uma nova chance aos receptores e qualidade de vida.
A captação de órgãos só acontece quando a morte cerebral é constatada e há autorização da família para a doação. Após esta fase, uma força-tarefa se inicia, para garantir que o procedimento seja executado com sucesso.
Todo o trabalho técnico e de abordagem da família é feito pela CIHT, equipe especializada e treinada. Para realizar uma captação é fundamental que as equipes de enfermagem, médica, serviço social, recepção e também os profissionais que atuam na Comissão trabalhem em sintonia, para que os óbitos de potenciais doadores sejam rapidamente comunicados e as famílias abordadas.
A coordenadora de enfermagem da CIHT, Kelly Almeida, contou que a autorização de doação de órgãos é feita por familiar de 1º ou 2º grau de parentesco do possível doador, que assina o termo específico da Secretaria Estadual de Transplantes. “Entramos em contato com a família assim que foi constatada a morte cerebral para falar sobre a possibilidade de doação. A Comissão realiza trabalho de abordagem fundamental para esse processo de captação, é uma tarefa árdua que vem dando resultados”, destacou.
Kelly destacou os critérios para o procedimento. “São bastante rigorosos e específicos, o Hospital precisa seguir normas/protocolos estabelecidos e as etapas necessárias para a efetivação do processo. Quando a captação é realizada com sucesso, ficamos muito felizes. O amor ao próximo venceu, mesmo em um momento de dor”, afirmou.
O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, agradeceu a família. “Somos a segunda instituição que mais capta córneas na região, graças às famílias que estão se conscientizando sobre a importância de doar. Além de salvar pessoas, prolongando em muito a expectativa de vida, pode melhorar a qualidade de vida de quem precisa de um transplante, permitindo que esses pacientes possam retomar as atividades normais”, finalizou.