Discurso proferido pelo deputado federal João Dado, na Câmara Federal, no último dia 14.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
Altino Ferreira, finado no último dia 3, é o exemplo de alguém que, mesmo aos 83 anos, ainda tinha a lhe mover o espírito empreendedor, sempre norteado por preceitos cristãos.
"Seo" Altino, como era conhecido na região, ficou viúvo aos 30 anos e assumiu todas as responsabilidades de criação de seus 4 filhos pequenos, permanecendo solteiro até o casamento da filha caçula, dedicando-se, por quase 20 anos, exclusivamente aos cuidados com sua família.
O destino levou-o a conhecer e casar-se com Célia Figueiredo, que o acompanhou pelo resto da vida e com quem amadureceu os laços de união familiar.
Altino, apesar de não ter tido acesso aos bancos escolares durante a infância, tinha excelente timbre comercial. Construiu sozinho seu patrimônio e vendia, entre outras mercadorias, artefatos de madeira, tornando-se bastante conhecido em diferentes regiões do interior paulista.
Natural de Planalto, residia em Votuporanga há 41 anos e era católico praticante desde a juventude. "Não há um bom cristão que não tenha amor pelo trabalho", orgulhava-se. A igreja estava sempre em primeiro lugar. Recebeu o título de "Gente de Bem", que ostentava em um quadro na parede de sua casa.
Altino Ferreira marcou a história da cidade de Votuporanga e regiões adjacentes não apenas por suas conquistas, mas por seu bom exemplo de vida, de humildade e dedicação à família.
Pai do nosso fraterno amigo, João Carlos Andrioli Ferreira, diretor do jornal e Rádio Cidade, o Sr. Altino merece esta nossa homenagem por ter sido, em vida, um exemplo de retidão e solidariedade.