O Brasil prova, mais uma vez, que é o País das oportunidades. Muitas pessoas, com um senso mínimo de empreendedorismo, podem perceber ao seu redor que há negócios e mais negócios a serem feitos, pois sempre há setores em franco progresso, Há, portanto, empregos. Essas observações vêm a propósito nesta próxima eleição onde as máquinas de votar. Até recentemente era impensável, para a maioria esmagadora dos eleitores, imaginar que as cédulas de papel onde se faziam cruzinhas para indicar a preferência por candidatos seriam substituídas por modernas máquinas eletrônicas, pequenos computadores onde a teclagem permite a votação e, mais que isso, registram sufrágio por sufrágio, num processo cumulativo que permite conhecer o resultado em poucas horas. Representantes de vários países acompanharam as últimas eleições no Brasil, as eleições de primeiro turno, quando cerca de 90% dos 130 milhões de eleitores compareceram às urnas de votação e puderam marcar 6 preferência entre candidatos à Câmara Federal, Assembleia Legislativa, Senado, Governo Estadual e Presidência da República. Esses observadores, Estados Unidos, Japão, Venezuela e Colômbia, entre outros, mais do que admirar a grande festa cívica do Brasil, mostraram-se interessados o equipamento e podem abrir uma nova frente de negócios para os fornecedores das urnas, Conforme noticiados por jornais econômicos, o que impressionou os estrangeiros foi o porte das eleições, pois nela foram usadas 406 mil urnas, com um índice mínimo de problemas. Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça Eleitoral precisou substituir 5.198 urnas eletrônicas durante a votação da última eleição em todo o país. O próprio presidente do TSE considerou inexpressivas as falhas nas urnas, uma vez que o número de equipamentos substituídos correspondeu a l, 62% do total. Apenas em 325 seções eleitorais, as urnas eletrônicas tiveram de ser substituídas por urnas de lona para votação em cédulas de papel. Ressalte-se, acima de tudo, que certamente o Brasil exportará a tecnologia e, muito provavelmente, milhares de equipamentos não apenas para aferir a vontade popular quanto a seus governantes, mas também para vários tipos de pesquisa oficial ou privada. Isso significa que muitas pessoas, de diversos níveis, estarão envolvidas e, portanto empregadas em todo o processo. Outro detalhe importante é que o projeto das urnas eletrônicas foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), de São José dos Campos, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral. Imagine-se por exemplo, a quantidade de pesquisadores,analistas, técnicos, entre outros profissionais, a serem mobilizados para acompanhar as consultas populares e de empresas. Isso sem falar no pessoal envolvido com a fabricação do equipamento. Mais que isso, quantas decisões poderão ser tomadas pelos gestores públicos e privados, com menor margem de erro e em tempo.
Fonte -TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
Horácio Delalibera - Votuporanga - horaciodelalibera@bol.com.br