Pois é, como já existem muitos falando da “tal” estrada, vamos a outros assuntos importantes, que também interessam a todos.
No artigo de 11 de dezembro escrevi o seguinte: -”Passadas as eleições alguns boatos vão tomando forma e, com isso, causando apreensões em alguns setores, ao mesmo tempo em que vamos nos surpreendendo com algumas indicações da futura presidente. Por sinal, devemos dar a Dilma um voto de confiança e torcer para que faça um bom governo. Mas, o primeiro boato que aparecia em letrinhas minúsculas no noticiário é o caso do arrocho, ou escrevendo mais bonito: “do ajuste fiscal”. E, igualzinho no final do plano cruzado agora vem a conta para ser paga, por todos. E tem mais, não devemos ser contra, até porque é uma necessidade, apenas devemos ficar entristecidos por ver que a marolinha aumentou de tamanho. Também, e não percam este boato de vista, alguns pretendem ressuscitar alguma coisa tipo CPMF. No período de eleições todos eram contra. O bom mesmo é torcer para que os deputados em quem votamos não façam parte dos “aumentadores de impostos”, caso contrário, vamos ter de amargar outros quatro anos.”
Que pena, não é? O pensamento virou realidade. O arrocho está no noticiário e a CPMF na boca de alguns deputados afoitos. Quanto a Dilma, parabéns a ela por ter coragem de fazer o necessário, desde que não exagere. Quanto ao ex, fica a lembrança do que dizia Lincoln: “ninguém engana a todos por todo o tempo”.
Outra noticia que tem circulado, também, é sobre a reforma política. Esta é uma reforma mais que necessária, urgente, até. Apenas não gostei de alguns palpites de alguns Deuses, dizendo que a proporcionalidade precisa acabar e que sejam eleitos os que tiverem mais votos. Tudo bem e muito justo, desde que se implante o voto distrital misto, pois, caso contrário, regiões como a nossa ficarão sem representatividade e, cada vez mais, a mercê dos políticos dos grandes centros que não se importam com as nossas necessidades.
Se bobagens forem cometidas pelo Congresso Nacional e se os mandatários de nosso Estado não voltarem os olhos para o nosso interior, então fico pensando o que escrevo no próximo parágrafo, sem que ninguém fique contrariado por isso.
-Quero viver num estado onde o comando político esteja nas mãos de pessoas que morem e tenham reais interesses no interiorzão. Quero viver num estado onde o povo, os eleitores, possam votar em pessoas que estejam mais por perto, que sejam comprometidas com os problemas da região. Quero viver num estado, nem que seja mais simples, e sem precisar ser intitulado de locomotiva da nação, mas que seja a máquina propulsora do progresso das pessoas que ali moram. Quero viver num estado onde a renda per capta seja maior do que é hoje e a pobreza quase inexistente; onde os prefeitos sejam respeitados e prestigiados pelos governadores, enfim, onde os recursos arrecadados sejam realmente aplicados em favor do bem estar geral. Quero viver num estado onde as cidades sejam semelhantes, não muito maiores umas das outras e permitindo, assim, que os problemas possam ser resolvidos igualitariamente.
Ao Carlão vai caber, com o tempo e depois da posse, nos dizer, com sua franqueza, se devemos trilhar outros caminhos, mesmo porque o deputado, grande defensor da região, é a nossa grande esperança a nível estadual. Enquanto isso, aqui em Votuporanga, a ponte do Marinheirinho foi afogada. rsrs!
Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados