Conversando com uma simpática jornalista, estivemos comentando sobre noticias negativistas e pessimistas. Sem dúvida, um jornal deve enfrentar e noticiar a realidade e as reclamações da população, quanto ao atendimento de suas reivindicações junto ao poder público, mas deve, também, noticiar quando as demandas são atendidas. Agindo assim o órgão de imprensa passa ser visto com muito mais seriedade e confiabilidade.
Infelizmente, nestes últimos dias, a população mundial tem sido abastecida de notícias sobre o desastre no Japão e, possivelmente, os mais informados já devem estar se preocupando com as consequências, tanto para a economia mundial, bem como para o comportamento das pessoas. É uma realidade da qual não podemos escapar. Ao mesmo tempo, mesmo não sendo uma tragédia ambiental, existe o caso da Líbia, que somado ao de outros estados árabes, também, decretarão mudanças substanciais nas relações internacionais e no próprio desenvolvimento. Como nenhum desses casos ainda terminou o negocio é ficarmos de olho e colocarmos as barbas de molho, para entender definitivamente como as coisas vão ficar. Mas, confiantemente, entendendo que para os mais cautelosos vale aquele dito popular: -”Depois da tempestade vem a bonança”. Por isso, sejamos sempre solidários aos necessitados, e acreditemos definitivamente que existe uma força maior que sabe perfeitamente o que está fazendo, mesmo que nós aqui na Terra teimemos em continuar destruindo nossa natureza. Portanto, meus caros leitores, continuemos otimistas.
Mas, mesmo que outros países vivam essas tristezas, nós aqui do Brasil não podemos ficar de braços cruzados e submissos a erros governamentais de qualquer instancia. À exemplo dos árabes que lutam por sua democracia, devemos lutar para que nossos governantes cumpram com dignidade seus mandatos. Fazer ver aos nossos congressistas que a vida continua e as pessoas dependem de suas interferências para obterem mais qualidade de vida. Fazer ver aos nossos governadores que existe um estado inteiro para que cuidem, e não só alguns bolsões que lhes interessam eleitoralmente. Também, fazer ver a esses, que estão ali para governar o momento, visualizando o futuro do povo e não seus interesses eleitorais.
Fazer governadores entenderem que não é cortando verbas da saúde que estarão fazendo economias. Fazer com que esses senhores entendam que pessoas como o meu amigo Toninho Romano, abnegado administrador da Santa Casa de Cardoso, onde existem equipamentos formidáveis na área de oftalmologia e, todos os outros Provedores desses hospitais beneméritos, não podem ficar de chapéu na mão, esperando verbas para atenderem uma população que deveria ser atendida pelos órgãos de governo. Provedores de Santas Casas não são empregados de governos e devem ser respeitados por seus esforços, que são a extensão da vontade de toda uma população. E, comento assim, principalmente, porque estou percebendo que, aqui no Estado de São Paulo, o governador tem transmitido a impressão de não ter a saúde como uma de suas prioridades. Queira Deus que eu esteja errado, e que o nosso Deputado Carlão possa fazer o pessoal de governo mudar seu comportamento em relação a isto.
E, ao terminar, expresso minha singela saudade à Dra. Suely Fabiano, uma daquelas pessoas que estarão sempre nas nossas lembranças. Que DEUS, em quem ela acreditava profundamente, a tenha junto Dele.
Nasser Gorayb é comerciante e colabora com este jornal aos sábados