Desde crianças, a vida vai passando, vamos ouvindo e presenciando coisas, também já na juventude ouvimos e presenciamos outras e, na mocidade e na vida adulta tudo se repete. Muito bem, de tudo que muitas vezes ouvimos e presenciamos, às vezes não demos muita importância, ou por inexperiência mesmo, ou por não estarmos atentos, ou porque outros interesses nos tomam a atenção. Depois, passados alguns tempos, ou anos, e já na altura da vida que eu e outros estamos, de vez em quando nos lembramos de alguns fatos acontecidos e frases ouvidas. E, nesta semana recordei, talvez motivado por um monte de fatos, a nível nacional e até municipal, de uma frase que ouvi muito de um amigo político, daqueles bem afáveis e populares, qual seja: “Que pensem que sou bobo, mas não tenham tanta certeza”, dizia ele quando, algum ou outros políticos, tentavam passar-lhe uma rasteira ou prejudicar algum de seus projetos. E, como o cara era muito bem intencionado, sempre achei que conseguia se manter na lide política por ter essa virtude. Passados os tempos entendi que além de bem intencionado e jeito de bonzinho o homem não tinha nada de bobo mesmo. Apenas era calmo e paciencioso e não perdia nem a coerência e nem o rumo, era um determinado.
Também, cantar ou desmerecer atitudes, de pessoas que estão nos comandos e na lide política, antes do tempo pode ser irresponsabilidade, mas não deixa de ser espelho de constatações momentâneas. No caso do Brasil, com a Dilma na Presidência, e tendo de enfrentar essa enxurrada de bobagens de seus ministros e equipes, alguns já se atrevem a fazer diagnósticos de sua gestão. Uns dizem que a Presidenta vai surpreender e trocar muitos dos ministros, outros acreditam que ela não terá força para isto. Muitos, também, escrevem e propalam que a presidenta é determinada e organizada, porém, só o tempo vai responder essas conjecturas. Alguns até acham que a Dilma não tem jogo de cintura política. Da parte deste articulista acredito que ela está mais para o amigo político que comentei acima, do que para uma “coitadinha”. Penso que devemos esperar para ver o final da história e depois firmarmos convicções e, tem mais, caso, desde já, a percepção de que as intenções da Presidenta são boas mesmo, devemos dar-lhe, através de manifestações pacificas, todo apoio necessário para que comece a tirar a administração brasileira do mar de lama em que se enfiou. E assim o próprio povo brasileiro deixaria um recado ao nível de meu amigo político, com algum adendo: “Pensem que, por sermos alegres, somos bobos, porém, não tenham tanta certeza”. Isso mesmo, ao povo cabem as decisões finais sobre seu destino e, sem duvida, neste destino não cabe a convivência com safados e pretensos “reizinhos”.
E, que esses péssimos exemplos, do que estamos assistindo a nível nacional, jamais respinguem por nossa cidade. Que por aqui não apareçam caciques que pretendam transformar a cidade num “curral”; que por aqui jamais tenhamos escândalos que possam nos envergonhar; que por aqui ninguém, em qualquer tempo, queira impedir quem quer seja de disputar uma eleição; que por aqui continuemos respeitando as opções partidárias de quem quer seja e que por aqui impere o respeito e a amizade.
Lembrando os nossos últimos 10 anos, com o deputado Carlão como ex-prefeito e, agora, com o Juninho no “manche”, podemos constatar que toda a educação política e união existente só tem nos feito progredir. Não podemos esquecer que a cidade não foi ingrata com todos aqueles que a ajudaram, ou no mínimo se esforçaram para isto. Por tudo isto, podemos nos gabar de ter como parceiros de nosso esforço e lutas, pessoas como o deputado federal Dado, significativamente votado por aqui, o Julio Semeghini e o Rodrigo Garcia, hoje secretários estaduais, também, sempre bem votados na cidade. Outros deputados, mesmo sem muitos vínculos com Votuporanga, atenderam pedidos tanto do Juninho quanto do Carlão e, com isso, a cidade vai se firmando como uma das mais promissoras do interior paulista. A soma de esforços de todos, agora e no futuro, é que vai proporcionar que toda nossa região possa oferecer melhores dias para os que moram por aqui. Por tudo isso, por parte da população, é muito importante que seja mantido o respeito e a solidariedade a todos os políticos que demonstrem companheirismo e que, ao mesmo tempo, nos respeitem, também.
Mas voltando, a questão de deixar de ser bobo ou não, é muito séria para o Brasil. E aqueles que em algum momento pretenderem serem espertinhos, que sejam expelidos através dos votos, dos cargos que ocupam. E, também, não deixo expressar solidariedade à parcela do povo Indiano, que está fazendo um movimento pacifico, para que os figurões daquele pais deixem de ter foro privilegiado e possam sofrer as penalidades de suas inconseqüências e corrupções com mais presteza. Isso precisa acontecer no Brasil.