Se comprometer com algo é, sem dúvida nenhuma, essencial para qualquer segmento da sociedade. Quando o assunto é o trabalho, o comprometimento é o que separa o joio do trigo.
Um funcionário comprometido erra como qualquer outro, porém sempre erra na intenção de acertar, pois a empresa é para ele como sua, o que resulta em mais acertos do que erros na sua carreira.
Com a organização das classes trabalhistas, o trabalhador teve sim, muitos direitos importantes assegurados. Entretanto, essas classes trabalhistas, passaram a se envolver com a política. O resultado foi desastroso, pois a demagogia passou a imperar, e foi criado um escudo populista em volta do empregado, que o impediu até de crescer profissionalmente por conta de instituições comandadas por quem nunca trabalhou.
O empregado recebeu uma carga tão grande de “benefícios”, que perdeu o comprometimento. A empresa passou a ser uma instituição inimiga, que deverá ser lesada a qualquer custo. Muitos advogados de porta de cadeia passaram a se especializar em criar subterfúgios para arrancar dividendos dos empregadores, e não repassarem para os empregados, enriquecendo sob a batuta da lei.
Fico a pensar, sobre os grandes times de futebol amador de Votuporanga, como a Jowanel, Marão, Facchini e outros que jogavam com o nome da empresa na camisa. Eles se machucavam como qualquer outro que joga futebol. Todavia não perdiam dias de serviço por isso. Será que hoje um funcionário que sofresse uma falta mais ríspida no domingo, viria trabalhar numa segunda-feira entre um feriado como o ocorrido na semana passada?
Claro que não. Talvez o mesmo fosse até instruído a entrar com uma ação contra a empresa, pois o mesmo estava, digamos, defendendo a instituição.
Não estou aqui querendo fazer apologia ao imperialismo empresarial, haja vista que muitos empregadores são inescrupulosos, mas o que não pode acontecer, é que por conta de sindicalistas, que vivem de mensalidades arbitrárias, venham em nome da preservação da classe, criar mecanismo que impeçam o crescimento profissional de alguém que eles nem conhecem.
Tive a oportunidade de começar a trabalhar registrado com quatorze anos. Isso me permitiu ter 25 anos de vida profissional. Se fosse hoje, estaria começando, provavelmente com uma mentalidade anárquica e marxista.
É uma pena que o meu representante máximo da categoria, sofra de amnésia, e venha na televisão dizer que se esqueceu de que fez uma viagem de avião, subestimando a minha inteligência, e a de muitos pelo Brasil. Senti nojo de ver um ministro do trabalho com tanta prepotência e cinismo.
Você que é empresário, se quiser medir o nível de comprometimento de seu funcionário, não precisa muito, basta jogar um bolo de papel na entrada de sua empresa pela manhã, e observar que pega e joga no lixo. Se prepare, pois ficará decepcionado, pois a grande maioria não vai pegar, pois acham que é serviço do funcionário da limpeza, e a sua classe profissional não permite fazê-lo, instruído subliminarmente pelas leis sindicais.
Acho que o caminho é a instrução sem limites, a todo cidadão, para que ele possa escolher se quer pegar um atestado, ou trabalhar em busca de uma vida mais próspera.
Antônio Lima Braga Júnior
toninho.braga@hotmail.com
Votuporanga - SP