Mesmo que o ânimo do articulista, para tratar de política, esteja arrefecido não posso deixar de opinar sobre determinados aspectos. Afinal, completando este ano meus verdadeiros 50 anos de modesta participação na política local e, às vezes, na regional, me sinto na obrigação de passar um pouco do que vi e daquilo que percebi que pode ser bom para as comunidades. Assim, possivelmente, candidatos bem intencionados possam aproveitar alguns dos palpites ou ideias e os levarem para o debate público e que possam ajudar melhorar a vida das pessoas. Os mais jovens, com sua impetuosidade, precisam agregar aos seus anseios algumas coisas que já foram experimentadas pelos que caminharam uma longa estrada e entender que muitos de nossos sonhos precisam de tempo para se tornarem realidade, que nada se conquista do dia para noite, pois, as lutas, às vezes, são longas e precisam de tenacidade e perseverança. Depois, quando, os resultados são atingidos, mesmo que não sejam por nosso intermédio, sentimo-nos realizados porque sabemos que um dia ajudamos plantar as sementinhas.
Mas, por outro lado, ao se fazer política, usando o bom senso dos sábios, é necessário agregar coragem e destemor. Isto para os que podem, pois, caso contrário o cara torna-se uma vaquinha de presépio, um bucha de canhão ou, simplesmente, mais um bezerrinho mamando nas tetas da vaquinha. Portanto meus ilustres leitores, como 2012 é ano eleitoral nos municípios, faça chegar aos pretendentes a cargos públicos alguns desses palpites.
Também, nós aqui de Votuporanga, que queiram ou não alguns, estamos bem à frente de outras cidades de nosso porte e até de algumas maiores, já estamos no momento de nos preocuparmos com o que acontece com as cidades de nossa região. Palpitarmos para que as mesmas sejam bem administradas não é intrusão nos seus assuntos e, sim, companheirismo de vizinhos. Torcer para que todas possam progredir e oferecer melhores condições de vida para seus habitantes é um ato de solidariedade, pois, afinal, somos complemento uns dos outros. Lutar e fazer com que os candidatos dessas cidades possam se comprometer em manter, no mínimo, um primeiro atendimento a saúde é ajudar e facilitar a vida de pessoas que residam por toda a região. Mesmo, que à exemplo do que ocorre por aqui, existam reclamações e descontentamentos, pior seria se nada existisse, como em alguns lugares não existe.
Será que estou sendo entendido e alguns podem pensar que o articulista está entrando em terreno alheio? Pois é, eu não acho, pois, junto do meu bom amigo e Deputado Carlão, fomos nas cidades região e nos comprometemos em ajudá-las, e o Carlão está fazendo isso com competência, sem desagregar as amizades e procurando juntar as lideranças.
E, como havia dito no começo de dezembro, que não estaria naquele mês tratando de assuntos azedos, finalmente um novo ano chegou, a vida continua, e o mundo está meio que virado de ponta cabeça. Muitos dos “ricos” estão quebrados, muitas das pessoas desses países que pensavam que o dinheiro do governo não acabava estão passando por imensas dificuldades. Em muitos países o desemprego é uma realidade para muitos e um fantasma para o resto, os preços de imóveis despencam, na Grécia os pais entregam os filhos para adoção por falta de recursos para alimentá-las. No Oriente Médio a tensão de guerra é constante e no resto da Ásia os salários são aviltantes. E, enquanto isso, aqui no Brasil, tudo Graças a Deus vai indo bem, mesmo que alguns nas altas esferas continuem pisando na bola e na m.... . Apenas a população precisa entender que a prosperidade que está ai pode se esfriar um pouquinho, em algum momento, até porque os fregueses externos estão quebrados. Portanto, calma e caldo de galinha não fazem mal.
E, a Euclides da Cunha, agora nascendo, bonitinha e imponente, está encontrando uns pais de “aluguel”. Divertido, né?
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados