No período de 21-02-13 a 13-03-13, portanto 20 dias, nossa cidade perdeu duas escolas em tempo integral. Foi o período em que se discutiu e que em duas escolas não foi aprovado o projeto do Governo do Estado de São Paulo, do novo modelo de escola em tempo integral.
Nossa cidade foi convidada a participar deste novo modelo, com três escolas:
E.E. Profª.Sarah Arnoldi Barbosa, E.E.Dr.José Manoel Lobo e a E.E.Prof.Uzenir Coelho Zeitune, somente a escola Sarah Arnoldi Barbosa topou participar do projeto. As discussões aconteceram dentro das escolas no “conselho de escola”, em que participam 50% professores e especialistas e 50% de pais e alunos.
Todos nós sabemos e estamos cansados de ouvir que o maior desafio do Brasil, é a questão da educação, e que o ideal é a escola em tempo integral, para podermos nos desenvolver economicamente e socialmente, e sem dúvida, sermos uma grande Nação.
O Governo está de certa forma tentando fazer a sua parte, agora nós da sociedade civil, estamos completamente alheios e descompromissados com a questão da educação pública. Achamos que basta colocar os nossos filhos na escola particular e tudo tá resolvido.
O salário dos professores que farão parte deste projeto passará para R$.3.654,00 para 40 hs semanais, praticamente o mesmo salário dos professores das escolas particulares. Portanto parece que não se trata mais da questão salarial. Não dá mais para justificar o baixo nível de ensino das escolas públicas somente pela questão salário.
E ai fica a pergunta: Quando nós da sociedade civil organizada (Clubes de Serviços, Lojas Maçônicas, Associações de Classes etc) iremos entrar nesta questão da escola pública de cabeça, e ajudarmos a resolver este grande entrave, que nos deixa ainda em pleno século XXI numa condição de País subdesenvolvido?
Faço esta pergunta, porque na minha visão, os pais dos alunos das escolas públicas de hoje, na sua grande maioria, também não teve uma boa educação, e muitos ainda são analfabetos, portanto entendo que estes pais não vão ajudar a mudar a educação pública brasileira, pois não participam da vida escolar dos seus filhos e não sabem cobrar das escolas.
Portanto temos um vácuo de uma geração +- 20 anos, que precisa ser preenchido com a participação da sociedade civil (clubes de serviços, lojas maçônicas, associações de classes, etc), todos se envolvendo com a escola pública, visitando as escolas, acompanhando as notas dos índices de avaliação de cada unidade, participando das reuniões de país, conversando com os professores para entendermos suas dificuldades, quem sabe até dando aulas de reforço para os alunos (aos sábados e domingos), ajudando na manutenção física dos prédios, etc.
Precisamos fazer com que a questão da Educação e da Escola Pública entre em nossas veias e assim passar a fazer parte do nosso dia a dia. O Governo e os Professores sozinhos não vão dar conta do recado.
*Sergio Luiz Braga – Empresário - sergioluizbraga2011@hotmail.com