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Artigo
Vovô e Vovó, o que faço com eles?
*Professor Manuel Ruiz Filho - manuel-ruiz@uol.com.br
O idoso não é aquele que tem uma idade cronológica mais avançada. Do contrário, idoso é aquele que perdeu os sonhos e a vontade de viver mesmo no período em que vive seus vinte e poucos anos. Idoso é aquele que persiste em dizer que não vale a pena construir um mundo melhor para que outros desfrutem. Martin Luther King, num de seus memoráveis discursos disse que “um indivíduo não começa a viver até que consiga se elevar acima dos estreitos limites de seus interesses individuais e alcançar os interesses mais amplos de toda a humanidade”. Pessoas idosas são pessoas fantásticas. Sabem tudo. Ou melhor, quase tudo. Quem não teve ou não tem ainda um idoso dentro do próprio convívio? Quase todos têm uma história para contar do Vovô ou da Vovó, até mesmo do vizinho que se agigantou na idade e nos considera netos sem termos tido afinidade sanguínea. E quando este idoso estiver enfermo, carente e dependente, o que vai fazer com ele? Ter a paciência que ele precisa, vai interná-lo num asilo ou numa clínica com um nome elegante de se pronunciar? Se nossos pais ou avós foram nocauteados pelo tempo não podemos abandoná-los. Lembremos que eles eram fortes e alegres, traziam-nos presentes quando voltavam de viagens de trabalho e foram protagonizadores da vida digna que levamos. Agora, eles se movimentam com lentidão e, às vezes, nem se movimentam, tornando-se totalmente dependentes da vontade de outros. Se você tem ainda a felicidade de tê-los em casa, faça uma pausa, olhe para dentro de seus olhos e tente ler seus mais secretos pensamentos. Quem sabe você possa entender toda a tristeza que os acompanha fazendo a leitura de seus olhares e de seus lábios mudos querendo dizer que acabou a coragem de tudo. Se pudéssemos ouvi-los com bastante atenção talvez estivessem nos querendo dizer que estamos na flor da idade e que o despertar da vida é como o amanhecer. Tudo fica mais quente e mais alegre. Mas o amanhecer não é eterno e a ele se sucedem outras fases do dia. Eles pedem para que as crianças de hoje não se esqueçam dos seus idosos de amanhã. Para que os mais jovens relevem a mão trêmula e o andar hesitante dos que viveram bastante. Amparem seus idosos, já que não têm a audição tão boa e têm de fazer extremo esforço para ouvir o que você está dizendo. Se a visão é imperfeita e o entendimento é escasso, ajude-os com paciência. Se suas mãos tremem e derrubam muitas coisas no chão, por favor, não se irrite, eles tentam fazer sempre o melhor que podem. Se os encontrar na rua, não faça de conta que não os viu, pare para conversar com eles. Se, na sua sensibilidade, os encontrar triste simplesmente partilhe um sorriso, eles precisam saber que as pessoas sentem suas presenças. Sejam solidários, deem um pouco de carinho. Se lhe contarem pela terceira vez a mesma história, não os repreenda, simplesmente ouça. Se não falam coisa com coisa, não caçoe deles. Se estiverem doentes e caminhando com dificuldades, não os abandone, precisam de um braço forte que ampare seus passos. Sabe, já viveram muitas primaveras e sentem que o outono derradeiro se aproxima. Percebem que o ocaso da vida é como o entardecer, indica que é chegado o momento de partir. Por isso eles pedem que os perdoem se tiverem medo da morte e os ajude a aceitar o adeus. Fiquem mais tempo com eles e transmitam-lhes segurança. Os cabelos brancos e as rugas em suas faces não impedem que repousem suas cabeças num colo seguro. Sabem que o trem da vida logo irá parar na estação em que se encontram e eles terão que embarcar. Sabem também que terão de seguir só, como só desembarcaram nesta estação um dia. Por tudo isso eles suplicam para que nunca se negue a eles atenção e carinho. Logo estarão deixando esta vestimenta surrada pelo tempo, rumando para outra dimensão da vida. Esse é o apelo deles. Que pode também ser o nosso, logo mais. O ocaso da vida é como o entardecer. Indica que é chegado o momento de partir. Entretanto, nem sempre a hora de partir se dá no entardecer. Há aqueles que retornam no mesmo trem que chegaram. Há os que se demoram por aqui apenas algumas horas, dias ou meses. A única certeza é que todos retornarão um dia para a pátria verdadeira. Por essa razão, vale a pena viver intensamente cada minuto, dando à vida a importância que ela tem. Viver intensamente é enaltecer o tempo, no desenvolvimento das nobres virtudes que o Criador depositou na intimidade de cada filho Seu.
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