Segundo a Secretaria da Saúde, há ainda 1.976 ocorrências sendo investigadas no município que está em epidemia
Márcia Reina e Sirlei Scandar durante a audiência pública (Foto: Daniel Castro/A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Uma audiência pública abordou a alarmante situação da dengue em Votuporanga. O encontro foi realizado na tarde desta sexta-feira no auditório do Centro de Informações Culturais e Turísticas “Marão Abdo Alfagali”.
Secretários municipais, vereadores, entre outros pessoas estiveram na reunião, oportunidade em que foram esclarecidas ações sobre o combate à dengue na cidade, que registrou, até as 15h desta sexta-feira, 591 casos da doença. Há ainda 1.976 ocorrências sendo investigadas no município que está em epidemia.
Para a secretária municipal da Saúde, Márcia Reina, o encontro foi bastante positivo, uma vez que foram feitos vários esclarecimentos e destacadas muitas ações de combate ao Aedes aegypti. “A audiência atingiu seus objetivos no sentido de que foi possível os técnicos falares e as pessoas presentes tirarem as suas dúvidas e aquilo que vem permeando nas redes sociais sobre as ações de controle da Secretaria da Saúde”, falou.
Técnicos do Estado de São Paulo, do município e de outras regiões, como Araçatuba, participaram da reunião, conversaram e responderam perguntas. “Eu fiquei muito feliz de cumprir com o meu papel de secretária e trazendo para a população o que é de direito dela: esclarecimento”, disse.
Em relação à aplicação de inseticida, ação chamada popularmente de fumacê, Sirlei Scandar, diretora regional da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) Rio Preto, explicou que o Ministério da Saúde informou aos estados, que passou a informação aos municípios, em maio de 2019, sobre o desabastecimento do inseticida. Porém, segunda-feira (27), a região receberá veneno para 102 cidades e em maio chegará outro tipo de inseticida.
Sirlei alertou que o veneno é o último recurso: “o que nós temos que fazer é o trabalho de base, que é a eliminação de criadouros, a conscientização da população, capacitar o próprio morador a olhar o seu imóvel e eliminando recipientes que possam estar acumulando água. E em último caso, a aplicação de inseticida”. Conforme ela, um outro tipo de inseticida está sendo testado no Estado de São Paulo, mas ainda não há previsão de quando ele poderá ser utilizado.