Entre os itens e armas que os atiradores puderam conhecer estavam um simulador de lançador de míssil e helicóptero Cougar
No quartel de artilharia, a turma pôde conhecer radares, lançadores de míssil de última geração, simuladores e até um helicóptero (Fotos: Divulgação)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
A viagem começou no escuro da madrugada de quarta-feira (10), às 4h30, rumo à 3ª Bateria de Artilharia Antiaérea que fica em Três Lagoas (MS). O ônibus, que levava uma turma empolgada e curiosa de 20 atiradores do Tiro de Guerra de Votuporanga, chegou por lá com o sol já dando as caras, às 7h30. E aí o passeio começou de verdade.
No quartel de artilharia, a turma pôde conhecer radares, lançadores de míssil de última geração, simuladores e até um helicóptero. O passeio foi um prêmio para aqueles que tiveram o melhor desempenho durante o ano no TG, conforme explicou o subtenente e comandante Giovani Santana.
“Nós temos os Fatos Observados, positivos e negativos, e aí vamos fazendo um gráfico do atirador. Os 20 com os melhores gráficos foram convidados para fazer parte dessa comitiva. Dos 50, foram apenas os 20 que tiveram melhor registro disciplinar”, disse o comandante, em entrevista ao jornal
A Cidade.
Excursão
Entre os utensílios e armas que os atiradores puderam ver e mexer no quartel de lá, estavam um radar que localiza as aeronaves no espaço aéreo, os lançadores de míssil Igla e RBS-70 (e um simulador para treinar como disparar um desses) e o helicóptero Cougar. Na instrução sobre a aeronave, eles conheceram suas capacidades, limitações e velocidade que consegue alcançar.
“Desde de quarta-feira, eles só estão falando disso. Eles gostaram muito. Teve até um atirador que me contou que nunca tinha viajado para fora do Estado de São Paulo. Ele ficou muito feliz com a oportunidade. Deu para aproveitar bastante”, contou o subtenente Santana.
Outro ponto alto da excursão foi o almoço, mas não por ter sido um banquete e sim porque os atiradores puderam experimentar, pela primeira vez, a ração operacional, que é como se fosse uma “comida de guerra”. “Para eles, foi coisa de outro mundo. É uma alimentação especial, que pode ficar acondicionada até dois anos, é pré-cozida e você consegue preparar em até cinco minutos. Ela vem num kit, que a gente carrega na mochila”, explicou Santana.
Recompensa
Para o comandante do Tiro de Guerra, realizar esse tipo de atividade, que recompensa aqueles com melhor desempenho da turma, é uma forma de estimular o que chamou de “competição interna sadia”.
“Tentamos fazer um paralelo à vida. A gente sempre fala para eles que a gente semeia e depois chega a hora da colheita, dentro do Tiro de Guerra e de qualquer outra profissão. A gente é analisado conforme nossa conduta e desempenho. Então, eles, desde o início do ano, já começaram a se esforçar para serem destaques para que fossem escolhidos para esse passeio”, contou o subtenente.
A ideia do passeio foi “coroar” a conclusão do ano de instrução do Tiro de Guerra. O ônibus para a excursão foi fornecido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social.