A partida da comitiva, assim como a chegada, atraiu dezenas de famílias, com votuporanguenses de todas as idades
O ‘Trem de Natal’ da Rumo zarpou para Rio Preto; no detalhe, a família do senhor Edivaldo da Silva, que viu a chegada e a partida (Fotos: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Conforme o Sol descia no céu, no fim da tarde de sexta-feira (10), as luzes do “Trem de Natal” da empresa Rumo se acendiam. Os funcionários andavam de lá para cá, para preparar a partida da comitiva decorada, que, depois de ficar mais de 20 horas estacionada na estação ferroviária da cidade, iria para a estação Rio Preto Paulista, em São José do Rio Preto. Enquanto o trem não zarpava, o maquinista tocava o sino e a buzina. E o ar da estação era preenchido por risadas e gritos de susto das crianças. Aliás, a partida, assim como a chegada, atraiu dezenas de famílias, com votuporanguenses de todas as idades.
Uma dessas famílias era a do senhor Edivaldo Lopes da Silva, de 57 anos, que estava acompanhada da sua esposa, Josélia Venâncio Sicotti, de 60 anos; da filha Priscila Venâncio da Silva, de 29 anos; e do pequeno Pedro Maciel de Moraes, de três anos, que é vizinho da família. Eles acompanharam tanto a chegada da comitiva, que veio da estação de Jales, quanto a partida.
Para o senhor Edivaldo, a passagem do “Trem de Natal” por Votuporanga serviu para matar uma saudade, conforme contou ao jornal
A Cidade. Apesar de hoje em dia ele trabalhar com vendas, o senhor Edivaldo trabalhou com trens entre 2004 e 2008, nas empresas Ferronorte e ALL. Já para o pequeno Pedro, que é aficionado por trens, foi a oportunidade de ver uma comitiva presencialmente pela primeira vez na vida.
“Já trabalhei na ferrovia por um período. Então, a gente só veio para matar a saudade e trazer um pequeno conhecido nosso que gosta de trens [o Pedro], para ele ver como é. Eles [a Rumo] fazem esse trem festivo para alegrar as cidades e a meninada gosta. Para mim, serve para matar a saudade. Isso aqui [a estação], há alguns anos, já foi bem movimentado. A ferrovia tem essa tradição”, contou o senhor Edivaldo.
O pequeno conhecido da família disse ter gostado muito de ter visto o trem – “diferentão”, diga-se de passagem – de perto, apesar de ter ficado a maior parte do tempo com as mãos tapando os ouvidos, por medo do barulho dos motores e da buzina.
O trajeto até a estação de Rio Preto estava previsto para demorar cerca de quatro horas. Antes de chegar por lá, a comitiva passou por Simonsen, Roseira, Cosmorama, Ecatu, Engenheiro Balduíno, Bálsamo e Mirassol. E a previsão é que o trem fique lá até hoje, de acordo com o itinerário divulgado pela empresa.