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Cidade
Bolsonaro vira réu por ‘Golpe de Estado’: presidentes do PL e PT de Votuporanga comentam decisão
Lideranças do principal partido de direita e de esquerda no município divergiram é claro, sobre a decisão da 1ª Turma do STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro agora é oficialmente réu por tentativa de Golpe de Estado (Foto: Antonio Augusto/STF)
Da redação Os ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram, por unanimidade, tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados réus no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado durante e depois das eleições de 2022. Votaram a favor do recebimento da denúncia os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Com o aceite da denúncia, os investigados agora se tornarão réus e passarão a responder ao processo na Suprema Corte, onde poderão ser considerados culpados ou inocentes.
Além do ex-presidente, se tornaram réus Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de ter sido candidato a vice de Bolsonaro em 2022.
A denúncia aponta cinco crimes atribuídos aos acusados, todos relacionados a um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor do pleito. São eles: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônioda União, e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.
Bolsonaro também é acusado de liderar a organização criminosa. Em seu voto, que durou uma hora e 50 minutos, o ministro e relator do caso, Alexandre de Moraes, afirmou não haver dúvida de Bolsonaro tinha conhecimento sobre a existência do documento que ficou conhecido como “minuta do golpe”. O ministro acrescentou que o ex-presidente tinha conhecimento sobre o chamado “Punhal Verde-Amarelo”, o plano que previa o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
Moraes também citou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, afirmando que é necessário lembrar que houve tentativa de golpe de Estado. “É bom lembrar que tivemos tentativa de golpe de Estado violentíssima. Fogo, destruição de patrimônio público, dano qualificado. Uma violência selvagem, incivilidade total, com pedido de intervenção militar no golpe de Estado”, disse.
O relator declarou que os atos foram uma “verdadeira guerra campal” e que há “materialidade” comprovada sobre os crimes cometidos na ocasião, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.
“O que exige da denúncia é comprovação da materialidade dos delitos, e a materialidade dos delitos já foi reconhecida pelo STF em 474 denúncias. Os mesmos crimes narrados, com participação diversas de denunciados, mas os crimes são os mesmos. O STF reconheceu a materialidade desses delitos”, explicou Moraes.
Quem são os réus? Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022; General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa; Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
‘A tentativa de golpe foi evidente’, diz presidente do PT de Votuporanga Da redação
Após a decisão do STF de tornar Bolsonaro réu, o A Cidade conversou com o presidente do PT de Votuporanga, Guilherme Beraramo Gasgues, que foi taxativo que a tentativa de golpe por parte do ex-presidente da República foi evidente. Ao mesmo tempo, porém, ele afirma que é preciso garantir que o acusado tenha um julgamento justo. Segundo Guilherme, é um momento ruim para a visibilidade internacional do Brasil, porque quando se tem um presidente nessa situação, como acontece agora com Bolsonaro e aconteceu também com o atual presidente Lula (PT), traz uma imagem ruim para o país. “A gente espera que ele tenha um julgamento justo, que ele tenha o direito de defesa garantido e também que ele possa pagar por tudo que aconteceu, pois, querendo ou não, nesse caso do 8 de janeiro o país foi prejudicado porque se tentou interferência nas instituições, além do dano material. Tem que se fazer justiça para servir para o futuro e deixar claro para as próximas gerações que não se deve brincar com esse tipo de coisa”, disse. O petista, no entanto, afirmou que o golpe começou a ser aplicado já no dia das eleições, quando Bolsonaro não reconheceu a derrota. “Essa tentativa de golpe já foi evidente no dia em que ele perdeu a eleição, porque se ele tivesse sido um líder que não quisesse que tudo isso acontecesse, no dia em que perdeu a eleição ele não teria se escondido enquanto no outro dia estavam fechando rodovias, colocando fogo em pneus e ameaçando algo assim no país. Qual seria a postura de um presidente que não quer dar um golpe nessas situações? Ir a público e assumir que perdeu as eleições democraticamente e seguir a vida dele. Ele foi covarde, não fez isso e tudo foi se agravando até chegar no dia 8 de janeiro”, concluiu.
‘Foi um julgamento de cartas marcadas’, rebate presidente do PL no município Da redação
Já o presidente do PL de Votuporanga, Marcello Stringari, afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro é inocente e que não houve uma tentativa de golpe. Para ele, o que se viu no STF (Supremo Tribunal Federal) foi um julgamento de cartas marcadas. “Foi um jogo de cartas marcadas, muito mais uma sentença política do que jurídica e isso ficará marcado para sempre na história de nosso país. Não houve nenhuma tentativa de golpe, mas sim uma manifestação que saiu do controle e evoluiu para tudo aquilo que vimos”, disse o dirigente partidário. Stringari afirmou ainda que o processo é cheio de máculas, a começar pelo fato de ter sido julgado pelo STF e não na primeira instância, além pela celeridade que deram ao caso para, segundo ele, tentarem tirar o ex-presidente da disputa eleitoral de 2026. “Infelizmente não vemos agora uma possível reviravolta, pois o circo já foi armado, agora só abriram as cortinas. A direita, aqui em Votuporanga e em todo o país, no entanto, segue unida e cada vez mais forte para lutar contra esses desmandos do judiciário”, concluiu.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/cidade/2025/03/bolsonaro-vira-reu-por-golpe-de-estado-presidentes-do-pl-e-pt-de-votuporanga-comentam-decisao-n83362
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