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Cidade
Nova rotina sem celular agrada e fortalece aprendizagem em colégio de Votuporanga
O Colégio Unifev aposta em laboratórios e ferramentas digitais para manter a inovação sem abrir mão da concentração em sala
Eloá Queiroz Cesário Marques, Gabriel da Rocha Menezes, Profa. Ma. Adriana Naime Pontes (Foto: Unifev)
Daniel Marques daniel@acidadevotuporanga.com.br
Desde janeiro deste ano, com a entrada em vigor da nova lei que proíbe o uso de celulares em escolas de educação básica, o Colégio Unifev vem acompanhando de perto os impactos da medida na rotina pedagógica e no comportamento dos estudantes. A direção da instituição se posiciona totalmente a favor da norma, avaliando os primeiros meses do ano letivo como positivos e produtivos.
O jornal A Cidade ouviu direção, psicóloga e alunos do Colégio sobre a mudança. A diretora da instituição de ensino, Profa. Ma. Adriana Naime Pontes, contou que a proibição tem contribuído para melhorar a concentração dos alunos e incentivar o convívio social durante as aulas. “Nós acreditamos que a escola é um espaço de aprendizagem ativa, troca de ideias e desenvolvimento de habilidades que vão além do conteúdo curricular. A retirada dos celulares de cena tem favorecido esse processo”, ressaltou.
A diretora destaca ainda que, para fins didático-pedagógicos, o uso de tecnologia continua sendo incentivado, mas de forma planejada e com mediação dos professores. “Quando necessário, os estudantes são levados aos Laboratórios de Informática, que são totalmente equipados para atender às demandas dos nossos projetos pedagógicos. O Colégio Unifev conta com uma ampla estrutura tecnológica e uma variedade de ferramentas digitais que auxiliam o processo de ensino-aprendizagem”, completou.
Do ponto de vista emocional e comportamental, a medida também tem surtido efeitos positivos. A psicóloga Melina Rodrigues dos Santos Hercos, responsável pelo acompanhamento dos alunos dos Ensinos Fundamental – Anos Finais – e Médio, afirma que a ausência do celular no ambiente escolar tem colaborado para uma convivência mais saudável entre os estudantes. “Percebemos um aumento significativo nas interações sociais, mais trocas presenciais e até uma melhora na autoestima de alguns alunos, que antes se sentiam pressionados por comparações em redes sociais, por exemplo”, explicou.
Melina também aponta que a diminuição do uso de telas durante o horário escolar tem contribuído para o bem-estar geral dos estudantes. “Estamos observando uma redução nos níveis de ansiedade e dispersão, o que impacta diretamente na qualidade da aprendizagem e no relacionamento com colegas e professores”, destacou.
Para a aluna Eloá Queiroz Cesário Marques, do 8º ano C, a ausência dos celulares foi uma grata surpresa. “Quando eu soube da proibição eu fiquei triste, pois sempre passava os intervalos no celular, mas hoje eu percebo que foi uma ótima ideia criar essa lei, já que agora eu e minhas amigas conversamos mais, jogamos pingue-pongue, e também prestamos mais atenção às aulas”, disse.
O estudante da 3ª série do Ensino Médio B, Gabriel da Rocha Menezes, ficou surpreso, mas aceitou e agora aprova a lei. “Melhorou muito o meu rendimento escolar e, principalmente, a minha comunicação com os colegas em sala de aula e nos intervalos”, finalizou.
?A Lei nº 15.100/2025 é a legislação federal que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos portáteis por alunos em escolas públicas e privadas de todo o Brasil. A lei abrange todas as etapas da educação básica – educação infantil, ensino fundamental e ensino médio – e se aplica durante as aulas, recreios e intervalos.
Implementação: cada escola ou rede de ensino é responsável por definir estratégias para garantir o cumprimento da lei, como determinar onde e como os alunos devem guardar seus dispositivos durante o período escolar. No Colégio Unifev, por exemplo, não existe local para os alunos deixarem os celulares, uma vez que o correto é os estudantes não levarem os aparelhos para a escola.
A medida visa reduzir distrações, melhorar o desempenho acadêmico e proteger a saúde mental e emocional dos estudantes.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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