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Cidade
Cresce o número de ‘jovens’ diagnosticados com Parkinson; médico de Votuporanga explica
Sobre o assunto, o jornal A Cidade conversou com o neurologista João Ricardo Leão, coordenador da Neurologia da Santa Casa de Votuporanga
Nos últimos anos, tem sido observado um aumento significativo no número de pessoas diagnosticadas com a doença de Parkinson antes dos 50 anos de idade. Essa tendência preocupa especialistas, pois o Parkinson era tradicionalmente associado a faixas etárias mais avançadas. Esse cenário reforça a importância do acompanhamento neurológico e da atenção a sinais como tremores, rigidez muscular e alterações motoras mesmo em adultos mais jovens. Sobre o assunto, o jornal A Cidade conversou com o neurologista João Ricardo Leão, coordenador da Neurologia da Santa Casa de Votuporanga.
O médico explicou que o diagnóstico da doença de Parkinson tem aumentado na população de maneira geral, não somente naqueles com menos de 50 anos. Conforme ele, a doença continua sendo mais comum em pessoas acima de 60, 65 anos, mas como houve um aumento generalizado do diagnóstico da população em geral, é percebido também esse aumento nos mais jovens.
Um dos motivos para esse aumento é o envelhecimento natural da população e também pelo estilo de vida nos últimos anos. “O estilo de vida mudou bastante. Estamos mais estressados, nos alimentando pior, estamos mais sedentários, estamos dormindo pior e isso contribuiu também para o aumento do diagnóstico da doença”, observou.
O aumento do diagnóstico em pessoas mais jovens ocorre também pela facilidade do acesso à saúde e pela conscientização da população dos sintomas da doença de Parkinson. “Então hoje nós temos acesso com mais facilidade às informações, portanto, no mínimo sintoma, nós já buscamos ajuda médica que contribui para o diagnóstico mais precoce. Além disso um fator que soma para esse aumento no diagnóstico em pessoas com menos de 50 anos, é também o aumento da informação médica. Hoje os médicos estão mais conscientes, existem mais ferramentas diagnósticas para realizar o diagnóstico. Então, tudo isso contribuiu para o aumento da doença nos mais jovens”, explicou.
Mas é possível prevenir o Parkinson, foi o que garantiu João Ricardo. Ele explicou que a enfermidade é uma doença neurodegenerativa, portanto o que acontece é a morte progressiva e irreversível de neurônios dopaminérgicos. No caso da doença de Parkinson, como qualquer doença neurodegenerativa, a prevenção é possível através de estilo de vida saudável, que significa atividade física, alimentação saudável, menos estresse, boas noites de sono, não fumar, evitar bebidas alcoólicas em exagero, entre outras medidas. É importante também tratar comorbidades que possivelmente existam, como o tratamento correto da hipertensão arterial, do diabetes, entre outras doenças.
O especialista destaca que o diagnóstico não significa o fim. Ele frisa que ao saber que está com a enfermidade, é importante entender que existe tratamento e que a pessoa não está sozinha. “O primeiro passo é procurar um neurologista ou um geriatra, que são os médicos que comumente tratam da doença de Parkinson, receber orientação das medicações a serem tomadas e realizar o uso correto dessas medicações que irão reduzir os sintomas da doença”, acrescentou.
Também é muito importante manter o corpo ativo, com fisioterapia e atividade física, ações que se mostram bastante eficientes em reduzir a progressão da doença, além de trazer mais autonomia para a pessoa. “A doença de Parkinson, por não ter cura, tem uma carga muito pesada, então os pacientes que recebem diagnóstico sentem bastante em receber aquela notícia. Então é importante também receber um apoio emocional e psicológico dos familiares, de grupos de pessoas com a doença e também de psicólogos quando necessário”, disse.
De acordo com o neurologista, quem tem um diagnóstico de Parkinson antes do 50 anos costuma ter um desafio maior, justamente porque ainda são relativamente jovens, estão trabalhando, têm uma família e muitas vezes podem ter filhos pequenos. Existe ainda a questão de estar construindo uma carreira e os sintomas da doença podem gerar medo, insegurança e até preconceito. “Então é comum que surjam várias dúvidas em relação ao futuro profissional, aos planos de vida, portanto é muito importante o suporte da família, dos amigos e também da equipe médica, porque isso vai fazer toda a diferença no controle da doença”, acrescentou.
João Ricardo lembra que, embora a doença de Parkinson não tenha cura, existe tratamento e ele tem evoluído cada vez mais. “Com o tratamento correto e apoio adequado, a pessoa vai ter maior qualidade de vida, mais autonomia e manter um bem-estar por mais tempo”, finalizou.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/cidade/2025/05/cresce-o-numero-de-jovens-diagnosticados-com-parkinson-medico-de-votuporanga-explica-n83876
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